Sábato e Saramago: representações da morte em seus diários e romances

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Marcon, Adriana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193591
Resumo: Esta tese aborda o tratamento dado ao tema da morte pelos escritores Ernesto Sábato e José Saramago. Para o corpus da pesquisa foram elencadas obras que apresentam diferentes perspectivas sobre a finitude humana: uma mais íntima, percebida nos diários España en los diários de mi vejez (2011) de Sábato e Os Cadernos de Lanzarote de Saramago (1993-1998); e outra, mais universal, presente nos romances Sobre héroes y tumbas (1961) de Sábato e As Intermitências da morte (2005) de Saramago. Com estas escolhas, objetiva-se trazer à tona a morte como contraface primordial da vida, dado que o homem tem se distanciado cada vez mais da ideia de seu fim. Além disso, em razão de Sábato e Saramago serem grandes ensaístas, suas obras, sejam elas autobiográficas ou ficcionais, configuram-se como espaço privilegiado para a veiculação de proposições éticas e estéticas, relevantes para a sociedade e formação humana. Por tratar-se de gêneros literários distintos, o movimento comparativo entre os textos selecionados será construído sobre três pilares:1. apresentação do aporte teórico-metodológico utilizado sobre configurações da morte no decorrer da História, além da apresentação da fortuna crítica sobre os dois escritores; 2. representações da morte sob o crivo empírico dos Diaristas e, por último, 3. representações ficcionais da morte pelos Romancistas. Portanto, embasada nos pressupostos dos estudos comparativos, esta tese efetua uma leitura temático-formal a partir de questões relacionadas ao comportamento do ser humano diante da morte, a fim de identificar e explicitar as concordâncias e divergências entre a narrativa desses autores, que encontram na palavra escrita uma potente via de permanência, em razão de que, após a morte de ambos, seus textos continuarão sendo lidos e discutidos.