Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Vânia Pereira dos Reis do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/234894
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Resumo: |
Na edição do PNLD/2014, surge a determinação de que os livros didáticos (LD) sejam atrelados a objetos educacionais digitais (OED), isto é, que conteúdos multimídia sejam vinculados diretamente às atividades presentes nos LD. Essa determinação, associada a uma tendência anterior dos LD de se atualizarem com as modalidades de escrita e gêneros textuais próprios da Internet, faz com que as práticas de letramento digital passem a ser intensamente tematizadas nos livros didáticos de Língua Portuguesa (LDP). Ao tematizar práticas de letramento digital, os LDP tornam-se lugar de emergência de efeitos de sentidos distintos para esse sintagma. A partir dessa constatação, fundamentados nos pressupostos teórico-metodológicos da Análise de Discurso (AD) de linha francesa, desenvolvemos esta pesquisa a partir dos seguintes questionamentos: quais semelhanças e diferenças há entre o que é dito no LDP para escola pública e no LDP para escola privada sobre práticas de letramento digital e de seus interlocutores? A partir desse interesse, delineamos como objetivo geral a verificação das interdiscursividades entre a abordagem feita por LDP para escola pública e a abordagem feita por LDP para escola privada das práticas de letramento digital e de seus interlocutores, com a instituição dos OED nos LD. Nossa hipótese, a respeito desse objetivo, é a de que a instituição dos OED pelo PNLD/2014 instaurou dizeres semelhantes, mas também dizeres distintos sobre as práticas de letramento digital e sobre seus interlocutores em LDP para escola pública e em LDP para escola privada por conta da distinção dos interlocutores: o Estado e os alunos de escola pública como interlocutores do/no LDP para/ da escola pública. Empresa-escola e alunos de escola privada como interlocutores do/no LDP para/ da escola privada. Ou seja, as condições de produção restritas que envolvem cada tipo de livro levarão a atravessamentos de formações discursivas e de formações ideológicas distintas nos dizeres dos LDP. São perguntas específicas deste trabalho: a) o que dito sobre as práticas de letramento digital e sobre seus interlocutores na fundamentação teórica de LDP?; b) o que dito sobre as práticas de letramento digital e sobre seus interlocutores nas unidades de LDP? e c) quais semelhanças e diferenças há entre o que dito na fundamentação teórica e nas unidades de LDP sobre as práticas de letramento digital e sobre seus interlocutores? Tais questionamentos nos permitiram organizar os seguintes objetivos específicos: a) verificar os discursos sobre letramento digital e sobre seus interlocutores na fundamentação teórica de LDP; b) verificar os discursos sobre letramento digital e sobre seus interlocutores nas unidades de LDP e c) verificar as interdiscursividades entre a abordagem das práticas de letramento digital feita, nos LDP, em sua fundamentação teórica e em suas unidades. Nossa hipótese acerca do que apresentamos nos objetivos específicos é a de que a instituição dos OED pelo PNLD/2014 instaurou dizeres semelhantes, mas também dizeres distintos sobre as práticas de letramento digital e sobre seus interlocutores nas fundamentações teóricas e nas unidades dos LDP por conta da distinção dos interlocutores: Os professores na fundamentação teórica e os alunos nas unidades dos LDP. Ou seja, as condições de produção restritas que envolvem cada tipo de livro levarão a atravessamentos de formações discursivas e de formações ideológicas distintas nos dizeres dos LDP. Nesta pesquisa, consideramos o LD um discurso porque o vemos, na sua totalidade, como um efeito de sentido entre a escola, o aluno e o professor. Ou seja, ele é um objeto linguístico-histórico. Para interpretar esse objeto discursivo, lançaremos mão dos construtos teóricas da AD de condições de produção, formação discursiva, interdiscurso, interdiscursividade, posição-sujeito e formação ideológica. |