Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Juliana da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/251329
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Resumo: |
Justificativa: Embora o efeito populacional do uso de antimicrobianos sobre a emergência e disseminação de patógenos resistentes, faltam estudos que abordem de forma empírica essa associação. Objetivo: Medir o impacto da exposição a pacientes ao uso de carbapenems, na aquisição de bacilos Gram-negativos (BGN) resistentes a carbapenems (CR), entre pacientes que não usam carbapenems. Delineamento: Um estudo ecológico e um estudo de coorte. Local do Estudo: Duas unidades de terapia intensiva (UTIs) médico-cirúrgicas no interior do Brasil. Participantes: Pacientes internados em duas UTIs de 2013 a 2018 para os quais carbapenems não foram prescritos. Métodos: No estudo ecológico, o uso mensal de carbapenems (em dias de terapia [DOT] por 1.000 pacientes-dia) foi testado para correlação linear com a média móvel de dois meses de incidência de infecções ou colonizações por BGN-RC entre os pacientes para os quais os carbapenems não foram prescritos. No estudo de coorte, 7 esses pacientes foram tratados individualmente para fatores de risco (dados demográficos, intervenções invasivas, uso de antimicrobianos) para infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) ou colonização por BGN-RC, incluindo o tempo de risco e a pressão de carbapenems, descritos como o número agregado de DOTs entre outros pacientes de UTI, durante o tempo de risco. A análise foi realizada em modelos de regressão de Poisson univariados e multivariados. Resultados: O modelo de regressão linear encontrou associação entre o uso total de carbapenems e a incidência de IRAS ou colonização por BGN-RC (coeficiente, 0,04; intervalo de confiança de 95% [IC], 0,02-0,06; P = 0,001). No modelo de coorte, a Razão de Taxa ajustada (RR) para carbapenems em DOT foi de 1,009 (IC de 95%, 1,001-1,018; P = 0,03). Outros fatores de risco significativos foram ventilação mecânica e uso prévio de ceftazidima (com ou sem avibactama). Conclusão: O uso total de carbapenems na UTI foi independentemente associado à aquisição de BGN-RC por pacientes que não usaram carbapenems. Houve evidência de um “efeito de rebanho” do uso de antimicrobianos nas UTIs. |