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Reações cutâneas provocadas por imunomoduladores injetáveis associadas ao tratamento de esclerose múltipla

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Manso, Ligia Nogueira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/137856
Resumo: Esclerose Múltipla é uma doença crônica, que provoca inflamação e degeneração do sistema nervoso central. É uma considerável causa de incapacidade em adultos jovens. Os tratamentos de escolha são com imunomoduladores injetáveis, objetivando retardar a progressão da doença e minimizar os surtos de atividade inflamatória. Entretanto estes imunomoduladores provocam uma série de eventos adversos, sendo um dos mais frequentes a reação cutânea no local da aplicação. Objetivo: Identificar e analisar a ocorrência de reações cutâneas aos imunomoduladores injetáveis nos pacientes portadores de esclerose múltipla e propor um guia técnico sobre os cuidados necessários para auto-aplicação de imunomoduladores injetáveis utilizadas no seu tratamento. Método: Trata-se de um estudo prospectivo, observacional, transversal de abordagem quantitativa. A coleta foi realizada no período de janeiro a setembro de 2015, por meio de um instrumento estruturado aplicado aos participantes da pesquisa, que são os pacientes portadores de esclerose múltipla em tratamento no ambulatório de neuroimunologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, a coleta de dados foi realizada após parecer favorável do comitê de ética e pesquisa. Resultados: Foram avaliados 116 portadores de esclerose múltipla, a maioria do sexo feminino (72%), cor branca (98%), com idade média de 39,8 anos, forma clínica predominante do tipo remitente recorrente (70,6%). A reação cutânea local prévia aos imunomoduladores injetáveis ocorreu em 87%, sendo que 23% apresentaram reação recente. As principais reações locais foram hiperemia (74%), endurecimento da pele (59%), equimose (51%), edema (46%) e calor (43%). A maior parte das reações foram consideradas moderadas a graves. O acetato de glatirâmer foi o imunomodulador mais envolvido com as reações cutâneas. Produto: Elaborado um guia técnico em formato virtual (e-Book), com orientações básicas para pacientes, familiares e profissionais de saúde sobre os cuidados necessários para auto-aplicação de terapias injetáveis utilizadas no tratamento de esclerose múltipla. Conclusões: A maioria dos pacientes apresentaram reações cutâneas no local de aplicação. Os efeitos adversos cutâneos podem comprometer a adesão ao tratamento e afetar a qualidade de vida dos pacientes. Portanto, é importante a avaliação diagnóstica precoce e cuidado para evitar tais eventos. A maioria dos artigos analisados neste estudo descrevem reações cutâneas mais graves e poucos discutem sobre ocorrência de reação cutânea com curta duração. Pesquisas futuras devem ter como principal objetivo avaliar os determinantes das reações adversas nos tratamentos em longo prazo, sendo necessário investigar a relação entre o número de aplicações, doses, localização anatômica e obesidade.