Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Molina, Mariana Correia [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150536
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Resumo: |
As florestas ripárias são fundamentais para a manutenção da diversidade funcional de ambientes aquáticos. Elas apresentam relação direta com a entrada de materiais alóctones e disponibilidade de nichos nos riachos. Apesar do tamanho da floresta ripária provavelmente ser um fator determinante para as funções ecossistêmicas em riachos, ainda é necessário ampliar o conhecimento sobre como as configurações de largura de floresta ripária influenciam as comunidades aquáticas na região Neotropical. Nesse estudo, testamos se há relação da largura e da extensão da faixa ripária florestada e de variáveis locais (largura do canal, profundidade e velocidade) com os índices de diversidade e redundância funcional da ictiofauna. Para isso, utilizamos 43 trechos de riachos das bacias dos rios Paranapanema, Grande e Paraná, todos pertencentes à bacia do Alto Paraná. Para cada trecho de riacho nós obtivemos imagens de satélite referente ao ano de cada coleta e extraímos as larguras das faixas ripárias florestadas em duas escalas: 100 m (local), e 500 m. Baseado em dados de ecomorfologia, tamanho padrão, dieta, táticas alimentares e preferência por substrato, como atributos funcionais de 78 espécies, nós calculamos a distância média entre pares de espécies na comunidade (MPD), distância média entre uma espécie e seu táxon mais próximo (MNTD) e Redundância Funcional (FR). A composição de espécies entre as bacias foi testada por meio da Análise de Similaridade. Testamos a relação das variáveis ambientais (locais e de faixa ripária) com a diversidade e redundância funcional a partir de Modelos Mistos Aditivos Generalizados. Nossos resultados indicaram que as três bacias possuem um conjunto de espécies similar provavelmente devido a filtros ambientais e homogeneização de hábitat similares. Encontramos também comunidades menos redundantes em riachos com maior largura de floresta ripária na escala de 500 m, associados também à menores larguras do canal. Nesses riachos é possível que exista maior diversidade de nichos, e consequentemente maior ocorrência de espécies funcionalmente distintas. Dessa forma, este estudo demonstra que a maior largura da faixa florestada influencia no padrão funcional das comunidades (menor redundância funcional), reforçando que medidas de recuperação da floresta ripária são necessárias e traz subsídios para aumentar a efetividade de políticas públicas, como o Código Florestal Brasileiro. |