Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Lisboa, Natália Donegá |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153696
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Resumo: |
A adolescência é o período de transição da infância para a vida adulta, marcado por alterações físicas, hormonais, psicológicas e cognitivas, em que o indivíduo apresenta necessidade de interação social e desenvolvimento da identidade. Nesta fase o adolescente se distancia socialmente dos pais e irmãos e aproxima-se de pares, de quem obtém ajuda para lidar com as preocupações e estresse, devido a necessidade de escolha de uma carreira, preparação para o vestibular e vida amorosa. Tais condições estressantes podem gerar transtornos psicológicos no adolescente caso não possua estratégias para gerenciá-las. É no ambiente familiar que o adolescente forma a maior parte do seu repertório de habilidades sociais que são as capacidades comportamentais em interações sociais, levando em consideração a expressão do indivíduo de forma a não ferir os próprios direitos nem os de outras pessoas. Por ser o primeiro ambiente de aprendizagem, a família é considerada como fonte de suporte e modelo, que funcionam como fatores de proteção para o desenvolvimento de transtornos psicológicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença de estresse, habilidades sociais e percepção de suporte social e familiar e as relações entre si, em 240 adolescentes estudantes do ensino médio, na faixa etária de 14 a 18 anos, de escolas públicas e particulares. Para tal, foram utilizados: questionário sociodemográfico, Escala de Stress para Adolescentes (ESA), Inventário de Habilidades Sociais para Adolescentes (IHSA), Escala de Percepção do Suporte Social (EPSUS-A) e Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF). Foi identificado que cerca de 31% da amostra possuía sintomas de estresse, dos quais aproximadamente 29% encontravam-se na fase de exaustão. A maioria dos participantes apresentava déficit em habilidades sociais, baixa percepção de suporte social e de suporte familiar. Pelas comparações, identificaram-se mais indicadores de estresse em residências com mais de quatro moradores, em adolescentes que dormiam até cinco horas por noite e relatavam ter má qualidade de sono. As habilidades sociais, no que concerne à frequência, foram superiores em homens, escola particular, residências até quatro moradores, praticantes de atividade física e que relataram ter sono de qualidade. Quanto à dificuldade nas habilidades sociais, a maior prevalência foi em mulheres, estudantes da rede pública e não praticantes de atividade física. Em relação à percepção de suporte social, os resultados foram mais significativos nas adolescentes do sexo feminino, em estudantes da escola particular e nos participantes que dormiam de seis a nove horas por noite, apresentando maior percepção. No suporte familiar os resultados foram superiores nos adolescentes do sexo masculino, praticantes de atividade física e que dormiam de seis a nove horas por noite. Novas pesquisas se fazem necessárias para desenvolver intervenções que possam auxiliar na prevenção e tratamento de transtornos psicológicos na adolescência. |