Respostas de cana-de-açúcar e de cana-energia à aplicação de manganês com silício via radicular e foliar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Kamilla Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235126
Resumo: O cultivo de cana-de-açúcar e de cana-energia tem ampliado para áreas com deficiência de manganês (Mn) no Brasil, além de ser um dos micronutrientes mais requeridos pela cultura, o que pode limitar o crescimento destas espécies, os estudos são muito restritos. Em caso deficiência identificada durante o ciclo das plantas, a correção de deficiência é feita em sua maioria pela aplicação foliar, contudo, é incerta a responsividade destas espécies a esta prática, e não se conhece as concentrações ideais. Faz-se necessário, portanto, avaliar os fatores bioquímicos e fisiológicos da nutrição de Mn nestas espécies e formas de amenizar os danos da deficiência, bem como formas de melhorar a eficiência da adubação. O fornecimento de silício (Si) pode favorecer a nutrição com Mn via raiz e atenuar os danos bioquímicos e fisiológicos. Além disso, o uso de Si em associação com o Mn via foliar poderia melhorar a nutrição com Mn e reduzir a dose necessária. A pesquisa teve como objetivo avaliar os efeitos do fornecimento de Mn com e sem associação com Si via radicular e foliar em plantas de cana-de-açúcar e de cana-energia, os mecanismos bioquímicos, fisiológicos e nutricionais do Si de melhorar a nutrição com Mn e atenuar o estresse da deficiência do micronutriente. Para isso realizou-se cinco experimentos em casa de vegetação. Inicialmente foram realizados experimentos em arranjo fatorial 2 x 2 em solução nutritiva avaliando o efeito do fornecimento de Si (2,0 mmol L-1), e sua ausência, na nutrição com Mn e mecanismos de atenuação da deficiência (peroxidação lipídica, sistema de defesa antioxidante e componentes fisiológicos) via solução nutritiva em plantas de cana-de-açúcar (experimento I), cana-energia tipo I (experimento II) e cana-energia tipo II (experimento III) sob suficiência e deficiência de Mn. Posteriormente, foi investigado o fornecimento via foliar de 4 concentrações de Mn (0,0; 0,32; 0,68 e 0,96 g L-1) em arranjo fatorial 4 x 2, com Si (0,476 g L-1) e sem associação com Si na calda em plantas de cana-de-açúcar (experimento IV) e cana-energia tipo I (experimento V) sob deficiência de Mn. A deficiência de Mn reduziu o crescimento das plantas de cana-de-açúcar e de cana-energia por aumentar o estresse oxidativo, reduzir compostos antioxidantes e prejudicar o metabolismo fisiológico, principalmente nos genótipos de cana-energia. O fornecimento de Si via solução nutritiva melhorou a nutrição de Mn e as respostas bioquímicas e fisiológicas em plantas sob suficiência e deficiência de Mn, mas, plantas de cana-de-açúcar e cana-energia tipo I apresentaram melhor resposta na suficiência, enquanto na deficiência, os genótipos de cana-energia tiveram maiores benefícios bioquímicos e fisiológicos pelo Si. O fornecimento foliar de concentrações de Mn que induziu melhor resultado em crescimento e melhorou a nutrição das plantas de cana-de-açúcar e de cana-energia corrigindo a deficiência. Quando o Si esteve presente na calda de aplicação foliar houve maior acúmulo de Mn, redução do estresse oxidativo e modulação de enzimas antioxidantes, melhorando o crescimento. O uso de Si pode ser ferramenta para melhorar a nutrição de cana-de-açúcar e de cana-energia, e forma eficiente de atenuar os danos da deficiência de Mn, principalmente em cana-energia. A aplicação foliar é viável para corrigir a deficiência de Mn em ambas as espécies.