Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Valerini, Felipe Gilberto [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151429
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Resumo: |
Introdução: O diagnóstico da Doença de Hirschsprung (DH) realizado através de biópsias de reto possui alta sensibilidade e especificidade, mas é invasivo, com riscos de complicações. Desta forma, exames de triagem, menos invasivos, servem para indicar quais pacientes devem ser submetidos às biópsias. A identificação da zona de transição (ZT) ao enema opaco permite identificar a transição entre o segmento espástico agangliônico e o cólon dilatado, determinando a extensão da zona agangliônica. Essa análise é subjetiva e relacionada a resultados falsos positivos. Pochaczevsky e Leonidas (1975) propuseram o uso do índice retossigmóide (IRS) ≤ 1,0 (maior diâmetro do reto/ maior diâmetro do sigmóide) para o diagnóstico da DH. O IRS apresenta como vantagem a obtenção de uma medida objetiva e numérica, que pode ser utilizada em conjunto com a identificação da ZT. Após mais de 60 anos de sua descrição inicial e apesar do uso cotidiano na prática clínica, os poucos estudos sobre a capacidade diagnóstica do enema opaco na DH apresentam resultados divergentes. Objetivo: Avaliar a acurácia e aplicabilidade do enema opaco na investigação diagnóstica da DH, pela determinação da ZT e do IRS, comparando seus resultados com os das biópsias de reto. Pacientes e Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo e comparativo, incluindo 43 pacientes submetidos à biópsia de reto para investigação diagnóstica de DH, entre 2010 e 2015, que haviam realizado também enema opaco. Os exames radiológicos contrastados foram analisados, sem o conhecimento do resultado do exame histopatológico das biópsias de reto, por 2 examinadores experientes: um cirurgião pediátrico e um radiologista, com a identificação da ZT e o cálculo do IRS. Os resultados desta análise foram comparados aos resultados das biópsias de reto (padrão-ouro), para determinação dos indicadores de capacidade diagnóstica. Resultados: A identificação da ZT apresentou, para os dois examinadores, demonstrou maior capacidade diagnóstica do que o IRS ≤ 1,0, evidenciada pelos valores obtidos para as áreas sob a Curva ROC. A associação entre estes dois métodos, por sua vez, promoveu aumento dos valores de sensibilidade e VPN, ao reduzir ainda mais o número de resultados falso-negativos, valorizando o poder da utilização conjunta destas duas medidas, na triagem diagnóstica de pacientes com DH. Conclusão: A sensibilidade diagnóstica do enema opaco, quando se associa a identificação da ZT e a determinação do IRS ≤ 1,0 foi próxima de 100%, o que justifica a utilização deste exame como método de triagem na investigação diagnóstica da Doença de Hirschsprung. |