Influência de hidrocarbonetos do petróleo na mobilidade de arsênio em solos tropicais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Luko, Karen Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
DGT
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193039
Resumo: O objetivo deste trabalho foi investigar a influência da contaminação por gasolina e diesel na mobilidade das espécies inorgânicas de arsênio no solo. Para tanto, amostras de solo (n = 25) foram coletadas em uma área de mineração, uma área de cobertura vegetal e uma área agrícola, e foram contaminadas em laboratório. Foram coletados os extratos de saturação para as amostras dos três tratamentos (controle, gasolina e diesel) e os resultados de arsênio no extrato de saturação obtidos foram comparados através de testes estatísticos não paramétricos e análise multivariada de dados. Foi realizada análise de especiação redox para todas as amostras e o fracionamento químico do arsênio no extrato de saturação do solo para amostras selecionadas através da técnica Difusão em Filmes Finos por Gradiente de Concentração. As concentrações de arsênio também foram comparadas quanto a parâmetros físicos, químicos e quanto à presença de sete genes funcionais relativos ao metabolismo de arsênio (resistência, oxidação, respiração e metilação) em micro- organismos. A adição de gasolina e de diesel resultou no aumento das concentrações de arsênio extraível em água nos solos. O aumento da mobilidade do arsênio em solo na presença dos contaminantes, apesar de significativo, foi menos expressivo quando comparado a outros sistemas (e.g. aquífero e áreas úmidas) e outras fontes de matéria orgânica (e.g. biocarvão e serapilheira) reportados na literatura. As concentrações de As(III) foram menores em solos urbanos, quando comparadas às obtidas para solos rurais e com cobertura vegetal, possivelmente devida a uma menor atividade microbiológica nos solos urbanos. A respiração basal do solo foi a principal variável de influência na mobilidade de As(III). Uma taxa de biodegradação estimada em aproximadamente 7% foi o suficiente para extrair frações de As(III), antes imobilizadas pela fase sólida, para 60% dos solos estudados. A metilação, importante fator de regulação da concentração de As(III) nos solos não contaminados, não foi significante quando gasolina ou diesel foram adicionados ao sistema. A relação entre o teor de Mn no solo e As solúvel pode indicar a ocorrência de um mecanismo de reoxidação abiótica de As(III). A adição de gasolina ou diesel aos solos aumentou a fração de arsênio extraível em água em até 20 vezes, porém a adição destes contaminantes não influenciou a fração lábil de arsênio, sendo esta relacionada ao carbono orgânico dissolvido do solo natural do solo.