Influência da Motilidade Gastrintestinal no processo de desintegração de comprimidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pires, Deivid William [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/138752
Resumo: A via oral de administração de fármacos é seguramente a mais empregada, não apenas pela facilidade de administração, mas também pela adesão do paciente ao tratamento. Dentre as formas de apresentação oral, os comprimidos são os mais utilizados, uma vez que são apresentações bastante seguras e estáveis. Para o desenvolvimento de novas formulações é essencial o conhecimento de parâmetros fisiológicos que possam influenciar no desempenho da forma farmacêutica. É possível supor que parâmetros da atividade motora do trato gastrintestinal podem trazer implicações significativas na biodisponibilidade de fármacos administrados por via oral. A Prucaloprida é um agonista do receptor 4-serotonina com conhecidos efeitos colocinéticos e possíveis efeitos procinéticos, acelerando a propulsão do conteúdo lumial. Assim, estudar o efeito da Prucaloprida no trânsito gastrintestinal se torna importante, já que pode influenciar no processo de desintegração de comprimidos e na biodisponibilidade de um fármaco. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da Prucaloprida no Trânsito Gastrintestinal e como esse efeito influi nos processos de desintegração de um comprimido e na biodisponibilidade do Metronidazol (marcador farmacocinético). Foram produzidos lotes de comprimidos contendo 100 mg de metronidazol, com e sem adição de ferrita na formulação, para estudar os fatores de correlação entre os perfis de dissolução, in vitro, e verificar a influência da ferrita no processo de dissolução do fármaco. Cada lote foi avaliado através de testes farmacotécnicos e avaliados segundo o perfil de dissolução. Para os experimentos in vivo, cada voluntário foi submetido a duas fases de estudos, em dias distintos, para avaliar a biodisponibilidade do metronidazol. Os dispositivos BAC multissensor e monossensor foram empregados para a avaliação em tempo real do processo de desintegração do comprimido e avaliar os parâmetros de trânsito no trato gastrintestinal. Os lotes de comprimidos com e sem ferrita tiveram perfis de dissolução significativamente diferentes para concentração dissolvida e eficiência de dissolução, mas apresentaram similaridade segundo o fator f2 proposto por Moore & Flaner, 1996, com variação máxima de 10% entre elas. Nos ensaios in vivo, o efeito do tratamento por prucaloprida provocou significativa redução no TEG e na biodisponibilidade do metronidazol sérico. A Prucaloprida, em dose de 1 mg, apresentou efeitos significativos no Trânsito Gastrintestinal e em parâmetros da biodisponibilidade do Metronidazol (MT), devido a rápida exposição do conteúdo gástrico ao intestino delgado e, dessa forma, alterando significativamente a taxa de absorção do MT.