Conflitos interpessoais na educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lugli, Ieda Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/157147
Resumo: Os conflitos interpessoais que ocorrem no interior da escola tornaram-se uma problemática para a comunidade escolar, apesar de estarem presentes na vida humana, a maioria das escolas os considera atípicos e desagradáveis para o bom andamento do ensino-aprendizagem. No decorrer do dia, os alunos vivenciam diversos conflitos com seus pares, estes que nem sempre conseguem resolver, e por vezes, não têm a devida atenção por parte dos educadores, que acreditam ser papel da família educar moralmente. Consequentemente, estas demandas têm se mostrado cada vez mais presentes, mostrando a necessidade de ações que promovam o desenvolvimento sociomoral dos alunos. Diante disso, a presente pesquisa tem como objetivo identificar os conflitos mais recorrentes nas relações interpessoais, entre alunos de 4 e 5 anos de idade, provenientes da Educação Infantil de tempo integral, bem como analisar as estratégias e concepções de resolução e mediação de alunos e professoras. A pesquisa foi realizada em duas escolas do município de São José do Rio Preto/SP. Tendo como base as pesquisas sobre a moralidade realizadas por Jean Piaget no livro “O juízo moral na criança”, o método constou da observação de 4 salas de aula, posteriormente, foram realizadas entrevistas com 40 crianças e 10 professoras, de modo a compreender como estes julgavam as ações dos personagens de histórias com conflitos hipotéticos. Os resultados das observações mostraram que o conflito mais recorrente foi a da disputa por objetos, espaços ou pessoas, e a estratégia de resolução mais empregada pelas crianças foi a “dependente” (aquela que depende da intervenção da professora). Em relação às professoras, a estratégia mais utilizada na mediação foi a resolução do conflito pela criança. Já os resultados das entrevistas, confirmaram o uso da estratégia dependente e a resolução do conflito pelo professor, porém as falas dos entrevistados nem sempre coincidiram com as ações observadas. Diante disso, concluímos que os conflitos interpessoais fazem parte da vida humana e devem ser oportunidade para o desenvolvimento da moralidade, porém é preciso que os educadores envolvidos tenham formação adequada para que possam realizar a mediação e fazer com que seus alunos aprendam a resolvê-los de modo a estabelecerem uma boa convivência e alcançarem a autonomia moral.