Perfil clínico e ginecológico de indígenas da Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Schiave, Quelly Christina França Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/237464
Resumo: A saúde indígena tem sido influenciada por diversas modificações envolvendo processos históricos, sociais, econômicos e ambientais ao longo do tempo, impactando o perfil de saúde dessa população. Justificativa: Estudar a respeito da realidade da saúde dos povos indígenas, sobretudo as mulheres, se faz necessário pois resgata o valor histórico e cultural desses povos. Sendo assim, é necessário pesquisar e discutir este tema para documentar a situação da saúde indígena no Brasil. Isto proporcionará visibilidade a fim de provocar boas práticas de saúde para esta população. Objetivo: Descrever o perfil sociodemográfico e as principais características clínicas das mulheres indígenas de Manaus. Metodologia: Estudo observacional do tipo transversal, realizado no Parque das Tribos em 95 mulheres indígenas com faixa etária acima de 18 anos. A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de questionários para obter informações sobre o perfil sociodemográfico e de saúde destas mulheres. Os questionários International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF) para identificar a presença de incontinência urinária e Wexner, que avalia a incontinência fecal, foram utilizados. Resultados: As indígenas avaliadas pertenciam a 21 etnias inseridas no contexto urbano, sendo que 52,6% das indígenas possuíam ensino médio completo e 44,2% realizavam atividades domésticas. A média de filhos das entrevistadas foi de 2,8 e o parto vaginal foi predominante (52,6%). 11,6% das indígenas praticaram atividade física regularmente e 38,9% apresentaram hipertensão arterial sistêmica. Sobre o perfil de saúde, 50,5% possuíam ciclo menstrual regular, 14,7% estavam no climatério, 36,8% usavam anticoncepcional, 3,2% tiveram câncer, 28,4% realizaram o exame preventivo e 22,1% das mulheres fizeram mamografia alguma vez na vida. Houve uma prevalência de 58,9% para incontinência urinária e de 5,3% para incontinência fecal. Conclusão: Devido ao distanciamento das raízes indígenas, os achados deste estudo permitem mostrar que o perfil de saúde das mulheres indígenas urbanizadas do Parque das Tribos está muito próximo ao das mulheres não indígenas.