Uso da lamotrigina no controle de impulso e na cognição social de pacientes com epilepsia do lobo temporal
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/253649 http://lattes.cnpq.br/5228160936998273 |
Resumo: | Introdução: A epilepsia do lobo temporal (ELT) é um tipo de epilepsia focal em que as crises iniciam em uma ou várias áreas do lobo temporal. Cerca de 60% dos pacientes com ELT não adquirem controle das crises mesmo após o tratamento otimizado com diferentes classes de medicações anticrise. Além disso, os indivíduos com Epilepsia do Lobo Temporal Mesial (ELTM) sofrem com estigmas associados aos transtornos psicológicos, o que afeta a qualidade de vida e funcionalidade dessas pessoas. Objetivos: Estudar a ação da lamotrigina na cognição e comportamento de pacientes com ELT. Métodos: Foram empregados na amostra de 66 pacientes com ELT o questionário de triagem Exame Internacional de Transtorno de Personalidade (do inglês International Personality Disorder Examination – IPDE) baseado na Classificação Internacional das Doenças (CID 10), é composto por 59 questões, apto para triagem de transtorno de personalidade (sendo a personalidade impulsiva a de interesse desse estudo) e o Inventário Neuropsicológico (do inglês Bear-Fedio) – BFI, um teste de negativo/positivo com 100 quesitos formulado para analisar os tipos de padrões de comportamento social, retratando 18 tipos de comportamentos comuns à ELT, a fim de obter dados sobre os demais tipos de personalidades prevalentes na população com ELT do ambulatório de epilepsia da UNESP, a fim de analisá-los futuramente além de se objetivar a evitar o viés de seleção. O poder do estudo foi de 80% com erro α de 0,05. O teste do Qui-quadrado foi aplicado para estudar a relação entre diferentes variáveis demográficas com a presença de transtorno de personalidade impulsiva do IPED e os quesitos de ódio/vingança e euforia do BFI. Resultados: A amostra de 66 pacientes foi composta por 23 homens e 43 mulheres, sendo a média de idade do estudo corrente de 49 anos nos dois grupos, com uma mediana de 51 anos, sendo o mais novo com 18 e o mais velho de 80 anos. A localização da alteração do eletroencefalograma e/ou ressonância magnética encéfalo à esquerda, respectivamente, 10 e 15 pacientes, num total de 25 pacientes, ou seja, 83% da amostra total em uso de lamotrigina apresentaram lesão temporal à esquerda, o que de teria maior relação com a irritabilidade intimamente relacionado ao transtorno de impulsividade. Foram obtidos 48 pacientes com critérios positivos para impulsividade de acordo com o questionário IPDE representando 80% da amostra de pacientes com ELT. Já em relação ao BFI, pelos critérios de raiva/ agressividade e euforia, respectivamente, 26 e 44 pacientes positivos, correspondendo a 46% positivos para a presença de raiva e agressividade e 76% positivos para o critério de euforia na amostra total. Enquanto esses critérios foram positivos para, respectivamente, 40% e 70%, em uso de lamotrigina. Porém não foi alcançada significância estatística ao se estudar o controle de impulso nos pacientes em uso de lamotrigina quando comparados com os grupos em uso de outras medicações anticrise. Conclusão: O estudo atual não conseguiu demonstrar se lamotrigina seria superior às outras medicações anticrise no controle da impulsividade, de acordo com a avaliação dos questionários IPDE e BFI. |