Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Godoy, Ana Flávia [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150391
|
Resumo: |
A soja, [Glycine max (L.) Merrill], é um dos cultivos mais importantes para o Brasil, com alta produtividade e intensa participação no mercado externo. Seus grãos representam importante fonte nutricional para o homem e seus derivados são usados para alimentação animal ou mesmo na fabricação de energia renovável, na forma de biodiesel. No entanto, a produção desta leguminosa pode ser comprometida pelo ataque de insetos-praga, como a mosca-branca, Bemisia tabaci (Gennadius) biótipo B (Hemiptera: Aleyrodidae). Atualmente, este inseto é apontado como importante praga para a cultura da soja, devido às crescentes infestações e dificuldade no controle. Seu manejo é feito principalmente através de aplicações sucessivas de inseticidas sintéticos, as quais favorecem à rápida seleção de indivíduos resistentes. Desta forma, torna-se importante avaliar alternativas menos agressivas, alinhadas ao manejo integrado de pragas (MIP), com destaque para o uso de cultivares resistentes e indutores de resistência, como o silício. O monitoramento da alimentação de insetos sugadores por meio da técnica de EPG (Electrical Penetration Graph) tem auxiliado na caracterização de categorias e fatores de resistência de plantas frente ao ataque de insetos. Assim, neste trabalho, avaliou-se o comportamento alimentar de B. tabaci biótipo B em genótipos resistentes e suscetíveis de soja na presença e ausência de silício, utilizando-se EPG. Na primeira etapa, foram avaliados quatro genótipos de soja portadores de diferentes categorias de resistência à mosca-branca (KS-4202, tolerância; IAC-19, antixenose; UX-2569-159, antibiose e PI-227687, suscetível). Paralelamente, caracterizou-se os tipos de tricomas presentes na superfície abaxial dos folíolos, a fim de estabelecer possíveis correlações com o comportamento alimentar da mosca-branca. Os resultados confirmaram a presença de fatores antixenóticos no genótipo IAC-19 (baixa duração de alimentação na fase floemática). A elevada densidade de tricomas no genótipo PI-227687 revelou-se como um fator antixenótico (atrasa o início das picadas de prova). KS-420 manifestou-se adequado à alimentação da mosca-branca, comportamento já esperado em materiais tolerantes. Em UX-2569-159 (antibiose previamente relatada) é provável que a resistência esteja mais relacionada à expressão de antixenose (elevado período de alimentação no floema). Na segunda etapa, avaliou-se o comportamento alimentar de B. tabaci biótipo B em dois genótipos de soja com diferentes níveis de suscetibilidade ao inseto (IAC-19, portador de antixenose e Conquista, suscetível) na presença e ausência de silício. Os resultados obtidos confirmaram a presença de fatores antixenóticos no genótipo IAC-19 e sugerem que a utilização do mineral, via aplicação foliar, acentuou os fatores de antixenose existentes neste genótipo (aumento do tempo até a primeira picada e redução no tempo de alimentação em floema). Em Conquista, o silício interferiu no tempo até a primeira picada de prova, sugerindo incremento de barreiras físicas na epiderme. |