Modelos empíricos para estimativa do consumo e sistema de alimentação de precisão com níveis de proteína bruta para suínos em condições de clima tropical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Perondi, Dani [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/239459
Resumo: Neste trabalho foi realizado um primeiro trabalho de avaliação e validação dos modelos empíricos presentes na literatura quanto a estimativa do consumo diário de ração para suínos. O segundo trabalho foi realizado para avaliar o desempenho de suínos em um sistema de alimentação de precisão para suínos em clima tropical. Vários modelos forma propostos para predição do consumo diário de ração (CDR) para suínos em crescimento e terminação mantidos me condições de altas temperaturas. Entretanto, estes modelos não têm sido avaliados em condições de diferentes as quais eles foram desenvolvidos. Neste trabalho foram avaliados 20 modelos empíricos utilizando uma base de dados. Sendo que foram testados em relação a uma base de dados geral e uma base de dados filtrada com as características do experimento que obteve o modelo (valores de temperatura, peso vivo e sexo). Seis modelos estimaram o consume de ração próximo ao observado a população geral (p > 0,05). No entanto, quatro modelos estimaram consumo diário de ração similar ao observado na população filtrada. Sendo que os modelos empíricos apesar de não apresentarem relação biológica demonstram estimativas próximas aos valores observados. No segundo trabalho foi avaliado um programa de alimentação de precisão para suínos com dois níveis de proteína bruta. Foi avaliado o desempenho, composição corporal e comportamento alimentar dos suínos. Sendo que foram 60 suínos machos castrados com peso inicial de 38,9 kg (SE: 0,9) e duração de 77 dias experimentais. Os tratamentos foram distribuídos em um esquema fatorial com dois programas de alimentação: programa de três fases (3P) e alimentação de precisão (PF); e utilizados dois níveis de proteína bruta (PB): nível convencional (CPB) e redução de 4% na PB (RPB). O consumo diário de ração (CDR) foi coletado pelo comedouro Automatic and Intelligent Precision Feeder (AIPF). No início do experimento (0 d) e ao final das fases (28, 56 e 77 d) foram realizadas mensurações do peso vivo (PV), espessura de toucinho, profundidade de lombo e composição corporal. O CDR e ganho diário de peso (GPD) foram semelhantes (P > 0,10) entre os programas de alimentação durante as fases e para o período total. Porém, a eficiência alimentar (EA) foi maior (5%) nos suínos do PF (P < 0,05) durante o período total, e nas fases 1 e 2. O consumo de proteína bruta (CPB) e lisina digestível verdadeira foi menor (P < 0.05) nos suínos do PF (17 e 21%, respectivamente). Nos suínos do PF foi verificada redução no tempo de consumo (10%), em relação aos suínos do 3P em todas as fases do estudo. Quanto aos níveis de PB, o desempenho foi semelhante (P < 0,10) entre os suínos do tratamento CPB e RPB na fase total. Os suínos do RPB demonstraram redução (P < 0,05) no consumo de PB (27%) e de lisina digestível verdadeira (5%) em relação aos suínos do CPB. Ambas estratégias podem ser aplicadas em clima tropical, pois mantem o desempenho dos suínos e possibilitam redução no consumo de PB, vi SID lisina e consequentemente na excreção de nitrogênio. O PF demonstra ser uma estratégia alimentar efetiva para suínos em clima tropical com melhora na eficiência alimentar.