Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Gualdi, Celso Rodrigo Dias |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/255909
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Resumo: |
Diante da crescente preocupação com a sustentabilidade e a finitude dos recursos naturais, esta dissertação tem como objetivo geral analisar como as organizações brasileiras que atuam no setor de proteína animal utilizam os relatórios de sustentabilidade para comunicarem à sociedade suas ações que visem a sustentabilidade. Para atender aos objetivos geral, foram propostos como objetivos específicos: i) identificar que tipo de dados está sendo divulgado; ii) verificar quais modelos de relatórios de sustentabilidade estão sendo utilizados pelas organizações; iii) quantificar se as ações nas esferas econômica, ambiental e social são apresentadas de forma equilibrada; iv) avaliar alterações na forma de apresentação dessas informações a partir do estabelecimento da Agenda 2030 em 2015. Como objetos de estudo, foram selecionados os relatórios de sustentabilidade de duas empresas de destaque no segmento, JBS e Marfrig, no período de 2015 a 2022 e identificados os principais indicadores GRI apresentados nos documentos. A dissertação emprega uma abordagem qualitativa que integra pesquisa documental e análise de conteúdo, utilizando o software NVivo para facilitar a organização e análise dos dados. Essa metodologia proporciona acesso direto aos relatórios de sustentabilidade das organizações selecionadas, permitindo um exame estruturado e uma interpretação detalhada das informações coletadas. Como resultados principais, destacam-se a incidência de indicadores GRI que abrangem as três esferas da sustentabilidade (ambiental, social e econômica), contudo a análise revelou uma menor ênfase na dimensão econômica em comparação com as dimensões ambiental e social; observou-se a divulgação predominante de informações positivas das organizações; a incidência e o tipo de informação presente nos relatórios são influenciados pelas demandas dos stakeholders e, alterações no formato de apresentação dos relatórios, com a inclusão de imagens e ilustrações para melhorar a compreensão e o impacto visual. O uso dos relatórios de sustentabilidade pelas organizações confirma a importância de atender às demandas das partes interessadas e da legislação, tendo como fatores positivos um melhor posicionamento da organização, conseguindo uma oscilação menor de seus ativos, usando ferramentas de marketing para obtenção da imagem positiva da organização, bem como o uso da comunicação frente ao mercado e a sociedade. Entretanto aponta-se como aspecto negativo, a falta de padronização nas publicações, dificultando uma análise comparativa entre organizações de um mesmo setor, e com outros setores, e a possibilidade da presença do uso de greenwashing e cherry picking. As organizações, embora divulguem principalmente informações positivas em seus relatórios de sustentabilidade, é preciso enfatizar a necessidade de ampliar a transparência e acessibilidade desses relatórios. Tendo o uso evidenciado, pelo olhar das organizações, como uma ferramenta estratégica para comunicar a sua responsabilidade socioambiental, pelos olhos de seus stakeholders permite compreender o engajamento das organizações sob a ótica da sustentabilidade possibilitando questionamentos sobre o presente e o futuro das gerações. |