Do estranhamento ao elogio de uma escola rural por narrativas: Orlando, contribuições para a História da Educação Matemática Brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Reinaldo Donizete de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/217811
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo constituir uma versão histórica da Escola Estadual Orlando Quagliato, para auxiliar na compreensão da educação rural paulista nos últimos 50 anos, a partir da criação dessa escola, na década de 1960. Encaminhamos essa pesquisa no campo da História da Educação e da Educação Matemática pois problematizamos um espaço escolar no qual professores de Matemática também atuam, mas sem o foco principal no Ensino da Matemática e sim, nas margens que circundam essa prática e a afetam diretamente. Utilizamos a Metodologia da História Oral para a constituição de entrevistas que nos apresentam elementos fundamentais na construção e encaminhamento dessa tese como a existência de um grupo escolar na zona rural de um município paulista, dentro de uma agroindústria, o movimento das escolas isoladas sendo trocadas pelos grupos escolares e na sequência por escolas estaduais, o assistencialismo na escola, a relação dos alunos, pais e comunidade escolar com os empresários de uma indústria, a discussão de um território particular, regido por regras particulares e insubordinações, o desenvolvimento, auge e decadência de uma escola que reflete toda uma sociedade. Discutimos as políticas públicas sendo praticadas no ambiente escolar, leis, decretos, organizações, currículos, materiais pedagógicos oficiais que regem uma escola e o embate da legalidade com os agentes humanos na práxis pedagógica. Discutimos o dia a dia das professoras e professores que trabalharam em uma escola rural, deslocamento, alunos, pais, gestão, empresários. Discutimos as demandas sociais levadas à escola e as tentativas de soluções através de projetos pedagógicos. Discutimos o poder e influência da agroindústria em uma comunidade em particular. Realizamos, além das entrevistas, um levantamento de leis, documentos e imagens pertencentes à escola em questão e à Diretoria de Ensino da Região de Ourinhos. Elogiamos a escola.