Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Luciana Melo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204499
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Resumo: |
Objetivou-se avaliar o impacto da restrição nutricional de vacas de corte gestantes de fêmeas, submetidas a diferentes ofertas de forragem da metade ao final da gestação, na produção de leite e no desempenho do par vaca/bezerra durante o estágio gestacional e de aleitamento. O experimento foi dividido em duas fases: fase gestacional (d -150 ao d 0) e fase de aleitamento (d 0 ao d 240). Foram utilizadas quarenta e duas vacas multíparas Nelore prenhas de fêmeas com peso corporal (PC) médio de 425 ± 36 kg e escore de condição corporal (ECC) médio de 3,67 ± 0,23. As vacas foram mantidas em uma área composta por 12 piquetes de 7,5 hectares (ha) cada, de Urochloa brizantha cv. Marandu. Os tratamentos tiveram início após 145 dias de gestação e consistiam em duas ofertas de forragens (OF) distintas durante a gestação: baixa oferta de forragem (BOF; 2,80 kg de MS/kg de PC) e alta oferta de forragem (AOF; 7,60 kg de MS/kg de PC) em que ambos receberam suplementação proteica na quantidade de 1 g/kg de PC. Na fase de aleitamento, todos os animais permaneceram nas mesmas condições de pastagem e suplementação (sal mineral ad libtum) até o desmame (d 240). O delineamento utilizado foi em blocos inteiramente casualizados, sendo a unidade experimental o piquete, com seis repetições por tratamento. As características do dossel forrageiro foram avaliadas a cada 35 dias na fase gestacional e a cada 40 dias na fase de aleitamento. Para a avaliação do desempenho das vacas foram realizadas pesagem dos animais, ultrassonografia de carcaça e avaliado o ECC. Após 42 dias do parto, foi realizada a estação de monta e calculada a taxa de prenhez das vacas. Características de produção e composição do leite das vacas foram analisadas aos 30, 120 e 210 dias pós parto. Nas progênies foram realizadas pesagens ao nascimento, 120 dias e ao desmame, onde foi realizado a ultrassonografia de carcaça das bezerras. Os dados foram analisados utilizando-se o SAS e, para todas as comparações, o nível de 0,05 foi estabelecido como nível crítico de probabilidade para erro do tipo I. Foram observadas alterações nas características qualitativas e quantitativas da forrageira, em função da OF e do período (P<0,01), o que determinou estruturas e composições morfológicas distintas e, por isso, promoveu alterações no desempenho. Vacas submetidas a BOF apresentaram queda até o parto e depois manutenção e/ou recuperação do desempenho durante a fase de aleitamento, já os animais da AOF apresentaram melhor desempenho até o parto e depois redução no pós parto. A taxa de prenhez das vacas na estação subsequente foi semelhante entre os grupos (P=0,22). A produção de leite corrigida para 4% de gordura e os teores de gordura e sólidos totais do leite foram alterados em função da oferta de forragem (P<0,04). Bezerras filhas de vacas mantidas em AOF na gestação foram 11kg mais pesadas aos 120 dias (P=0,02) e 8,5% superiores (P=0,03) na medida da AOL (cm²) ao desmame, comparadas a bezerras filhas de vacas da BOF. Vacas mantidas em BOF durante a gestação possivelmente sofreram restrição nutricional, o que provocou alterações na produção e composição do leite durante a lactação, comprometendo o desempenho da progênie até o desmame. |