Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Cardozo, Daiane Roncato [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/141493
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Resumo: |
Objetivo: identificar potenciais indicadores complementares à percepção da insegurança alimentar e nutricional para o monitoramento de programas sociais de transferência de renda, tomando como referência o Programa Bolsa Família (PBF) em Araraquara/SP. Métodos: Foi realizado um estudo transversal incluindo 100 famílias beneficiárias e 50 não beneficiárias do PBF. Com um formulário semiestruturado foram obtidas informações sócio-demográficas e socioeconômicas, de percepção da insegurança alimentar e nutricional (Escala Brasileira de Medida de Insegurança Alimentar – EBIA), o estado nutricional (peso e altura para o Índice de Massa Corporal – IMC) e o padrão de consumo e hábitos alimentares. Associações entre exposições e desfecho foram testadas usando testes Qui-quadrado para variáveis categóricas e ANOVA para variáveis contínuas. A razão de prevalência (r) e intervalos de confiança de 95% (IC) foram avaliados utilizando modelo de Regressão de Poisson. A identificação de padrões alimentares foi realizada usando análise de Cluster e o estudo do poder preditivo de potenciais indicadores à percepção da insegurança alimentar foi avaliada utilizando a Curva ROC (Receiver Operating Characteristic). Foram considerados significativos valores p iguais ou menores do que 0,05. Resultados: Foram identificados três padrões alimentares: restrito, saudável e tradicional. O padrão restrito foi associado a um menor grau de escolaridade, relatos de anemia pregressa, percepção da insegurança alimentar e com maior idade media dos moradores do domicilio. Na análise não ajustada e ajustada para a idade média dos moradores da família encontrou-se maior prevalência de famílias com insegurança alimentar moderada ou grave no padrão restrito (1,55; IC95% 1,00 – 2,42 e 1,57 IC95% 099 – 2,49, respectivamente). No estudo dos potenciais indicadores de insegurança alimentar, componentes da renda cobriram mais de 70% da área sobre a curva ROC entre beneficiários do PBF, destacando-se os gastos com alimentação e com gás de cozinha. Conclusão: O padrão alimentar restrito relacionou-se com a proporção de insegurança alimentar moderada e grave da população estudada, enquanto a escolha do padrão alimentar saudável ou tradicional esteve associada à origem das famílias. Entre os potenciais indicadores estudados, a renda mostrou melhor desempenho na predição de insegurança alimentar e nutricional entre beneficiários de programas de transferência de renda, principalmente em relação à proporção da renda gasta com despesas básicas da família, como o aluguel e gás de cozinha. |