A territorialização da extrema direita no Brasil através das redes sociais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Hackbardt, Geanini [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257900
Resumo: Este trabalho propõe uma análise das redes sociais como expressão da disputa geopolítica brasileira, visto que desde as manifestações de junho de 2013 até a eleição da extrema direita à presidência, em 2018, elas foram utilizadas por movimentos da nova direita para a auto-organização e convocação de massas às ruas. Para isso a proposta é analisar momentos de destaque na história recente, como eventos nacionais em que as redes sociais e as ruas foram ocupadas com as mensagens da extrema direita ou houve uma disputa clara entre direita e esquerda, tais como o dia da votação do impeachment – quando a esplanada dos ministérios foi dividida em dois lados – as manifestações durante a copa do mundo, contra a corrupção, etc. Dessa forma, a pesquisa pretende analisar como a extrema direita realiza suas ações nas redes sociais para incidir nas manifestações de rua e na política brasileira. Utilizando-se de referencial bibliográfico, análise de discurso e aplicativos para análise de redes, a proposta é descrever as características das redes sociais, a forma de organização e consolidação da extrema direita e os impactos da organização da extrema direita nas redes sociais sobre diferentes públicos e territórios, a partir da comparação dos processos de mobilização em cidades do interior e grandes capitais. Para isso é fundamental considerar as mudanças promovidas pela adequação do capitalismo diante de sua crise estrutural, que tem proporções internacionais. Trata-se dos avanços nos meios de produção a partir das tecnologias da informação, a centralidade destas redes na chamada economia de dados, a capacidade de manipulação de sujeitos diante de processos democráticos decisórios e as consequências sobre as formas de sociabilidade nas classes sociais.