Família e trabalho: análise das relações familiares de trabalhadores rurais de Altinópolis - SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Raffaini Filho, Hercílio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/98560
Resumo: Nosso interesse pela família não é recente. Data de trabalho que realizamos com adolescentes de rua, como voluntário, há mais de duas décadas, e mais recentemente nosso interesse em estudar este tema, decorre de mudanças significativas no comportamento de adolescentes e jovens de Altinópolis-SP, comunidade onde vivemos, a partir da ocorrência de fatos inéditos na cidade, como a infiltração vagarosa do uso de drogas no seio da família altinopolense, bem como pequenos furtos realizados por adolescentes e a formação de gangues de jovens que perambulam pela cidade. Sendo esta cidade estritamente agrícola e as ocorrências acima se concentrarem entre jovens pertencentes a famílias de trabalhadores rurais, esta pesquisa busca conhecer como se dão as interações afetivas desses trabalhadores no trabalho e na família e que conseqüências têm no comportamento de seus membros. Para tanto, nos apoiamos nos teóricos humanistas, estabelecendo uma nova perspectiva para ver este fenômeno subjetivo à observação empírica, coletando dados através de entrevistas não diretivas realizadas com os pais. Concluímos que as famílias, na sua maioria, estruturadas de forma não convencional, nem sempre conseguem contribuir para o desenvolvimento afetivo/emocional de seus filhos. A desestrutura da personalidade dos adultos que encabeçam algumas famílias, o uso de álcool por estes e a violência em casa, são fontes de marginalização dos adolescentes. A pesquisa mostrou ainda que famílias melhor estruturadas, demonstram sua afetividade através de recompensas materiais, se preocupam com a integração dos jovens no trabalho porém não têm um projeto que facilite o desenvolvimento afetivo/emocional de seus jovens. Postulamos que urge um plano político social que qualifique os pais na difícil tarefa de educar seus filhos.