Jogo intertextual na obra literária de Sartre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ferreira, Lidiane Cristine de Lima [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/250714
Resumo: Jean-Paul Sartre, célebre escritor existencialista falecido em 1980, deixou-nos uma vasta gama de ensaios filosóficos, obras ficcionais e cartas. Sendo um dos mais renomados escritores do século XX, sua linguagem literária permite vasto estudo no que concerne aos intertextos presentes em obras que se apresentam como uma representação de entrelinhas perceptíveis de uma teoria filosófica que se faz presente em cada uma delas. Sua produção literária se tornou o próprio ato de reflexão. O que fez com que Franklin Leopoldo e Silva (2004) chamasse a relação sartriana entre filosofia e ficção de “vizinhança comunicante”, alegando que a comunicação entre ambas acontece nas obras do autor de maneira tão natural que “não precisaria, nem se poderia, sair de uma para entrar na outra” (SILVA, 2004, p.13). Desta maneira, as obras literárias de Sartre carregam consigo sua filosofia, somando a forma e o pensamento, o objeto e o abstrato. Além de apresentarem um reflexo de sua ideologia, sua literatura serve também como uma forma de ilustrar sua teoria existencialista de forma mais concreta e aplicada em situações do cotidiano. Por isso, a fim de analisar o jogo textual na obra ficcional sartriana, selecionamos criações do autor que ilustram dois dos gêneros literários que o autor utiliza com frequência: La Nausée (1938), que será estudada como exemplo de romance sartriano e as peças Le diable et le bon dieu (1951); Huis clos (1944); Les mouches (1943); Les mains sales (1948) e La putain respectueuse (1946); que servirão como base para a interpretação de questões relevantes e notáveis no drama escrito por Sartre. Buscamos, por meio da análise literária dessas obras, apresentar a importância dessa comunicação intertextual para a composição ficcional de Sartre e o entendimento de sua teoria existencialista, especialmente no que se refere a temas como liberdade, responsabilidade, má-fé e angústia.