Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Prado Filho, Carlos Roberto Staine [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152902
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Resumo: |
Em suma, este é um estudo sobre os primeiros anos de impacto socioambiental da rodovia interoceânica na Amazônia peruana. O início da atual “febre do ouro” no departamento de Madre de Dios, localizado no sul da Amazônia do Peru, está relacionado cronologicamente a dois fatores: a) a construção da rodovia interoceânica e; b) o aumento recorde do preço do ouro no mercado mundial. Dentro deste horizonte de aproximadamente uma década, entre o ano de 2005 até o momento, utilizando uma perspectiva de “governança”, a tese aponta para a transformação do espaço de Madre de Dios que com o advento da “febre do ouro” passa de uma região anteriormente “isolada” para uma região que agora vivencia um contexto generalizado de “integração desgovernada”. Tendo como ponto de partida tal relação cronológica, propõe-se uma releitura teórico-conceitual de origem Marxiana para enquadrar a “febre do ouro” de Madre de Dios dentro de uma discussão sobre o capital, centralizada em conceitos como a “acumulação primitiva” e o processo de “aniquilamento do espaço pelo tempo”. Através da análise crítica sobre o caráter supostamente inovador que motivou a realização da rodovia interoceânica em Madre de Dios como um projeto da iniciativa de Integração Regional de Infraestrutura da América do Sul (IIRSA) e também através do levantamento de dados específicos sobre tal projeto, a tese tem por objetivo contrapor as expectativas positivas depositadas na rodovia pelos seus promotores como projeto de “integração e desenvolvimento”. Para confirmar esta contraposição, apresenta-se o cenário de “desgovernança” em Madre de Dios, definido pelo fracasso e resultados adversos das tentativas de controle do Estado sobre a expansão territorial da mineração informal/ilegal de ouro nos arredores da rodovia interoceânica e analisa-se também a predominância da influência desta expansão na dinâmica socioeconômica e política da sociedade local e suas relações com a evolução do poder de controle do crime organizado nas áreas de extração ilegal de ouro no meio da floresta Amazônia. |