Energia interfacial para fratura entre novas zircônias de diferentes translúcidez e o cimento resinoso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ortiz, Laura Patricia Nadal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202559
Resumo: O objetivo do presente estudo foi determinar a energia interfacial para fratura e a distribuição de tensões usando espécimes Brazil-nuts. Esses espécimes foram usinados em zircônia de alta translucidez (Vita YZ HT, Vita Zahnfabrik), super translucidez (Vita YZ ST, Vita Zahnfabrik) e extra translucidez (Vita YZ XT, Vita Zahnfabrik) usando uma máquina de alta precisão, de forma que apresentaram um defeito de forma elíptica no centro de cada hemi-disco totalmente padronizado. As superfícies de cimentação foram preparadas com tratamentos de superfície (jateamento com partícula de óxido de alumínio e aplicação de silano), em seguida seguirão o protocolo de cimentação com cimento resinoso com metacriloiloxi-decil-di-hidrogenofosfato (MDP). Os espécimes cimentados foram armazenados em água destilada em estufa 37 C por 7 dias, em seguida, metade dos espécimes foi ensaiada e a outra metade foi colocada em envelhecimento térmico em uma com banhos de 5-55 C (sendo ensaiada logo após o término do envelhecimento). O teste de energia interfacial para fratura (EIF ou tenacidade à fratura interfacial) foi realizado em uma máquina de ensaios universal usando um teste de compressão com a interface adesiva do espécime posicionada em cinco ângulos diferentes (0, 5, 15, 25 e 30), pois dessa forma foi possível mensurar a EIF em pura tração, puro cisalhamento e em modos mistos de falha. Todas as interfaces foram observadas após a fratura para determinação dos padrões de falha e crescimento de trinca na interface adesiva. Foi realizada também a análise da distribuição de tensões nesses espécimes com o método de elementos finitos (FEA). Foi realizado o teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov, Shapiro-Wilk e o Teste de Levene (95%), que concluíram que os dados não apresentam comportamento normal e não são homocedásticos (p=0,000). Desta forma, foi realizado o teste Kruskal-Wallis e post hoc Teste de Dunn, ambos com nível de significância de 5%. Entretanto, não houve diferença estatisticamente significante entre os materiais não envelhecidos (p0=0,485, p10=0,8580, p20=0,4027, e p30=0,650) e envelhecidos (p0=0,6976, p10=0,3505, p20=0,7565, e p30=0,1469). Adicionalmente, foi aplicado o Teste de Mann-Whitney, também com nível de significância de 5%, para comparar cada um dos grupos quanto ao fator envelhecimento; essa análise mostrou diferença estatisticamente significante entre os materiais envelhecidos e não envelhecidos em cada um dos ângulos usados (p>0,05). De acordo com o FEA, o carregamento compressivo de espécimes Brazil-nut em diferentes inclinações permitiu a predominância de tensões de tração ou cisalhamento, conforme o ângulo de posicionamento da interface adesiva. Pode ser concluído que, os valores de energia interfacial para fratura sob tensões predominantemente de cisalhamento são maiores do que quando as amostras estão submetidas somente à tensões de tração. Todas zircônias translúcidas cimentadas com cimento resinoso possuem energia para fratura semelhantes e o envelhecimento térmico afeta negativamente essas interfaces.