Arte e ética em The Bell de Iris Murdoch

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Ianuskiewtz, Ana Paula Dias [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/91526
Resumo: Iris Murdoch é uma figura dominante na literatura britânica do pós-guerra e também, uma filósofa notável que constantemente denunciou o interesse excessivo da filosofia moral moderna pelos temas da vontade, da deliberação e ação. Para ela, o estudo da ética deveria ter como prioridade o desenvolvimento da percepção estética, a atenção à realidade e, principalmente, a intensa apreensão de outros indivíduos. Murdoch considera a apreciação da beleza na arte e na natureza, não apenas como um exercício espiritual mas também, como uma maneira para alcançar a bondade, evitar o egocentrismo e ganhar o progresso moral. Seus romances são centrados na arte e no amor, pois Murdoch afirma que a boa arte e o amor intenso são intimações da verdade que levam o indivíduo ao aprimoramento moral. The Bell, seu romance publicado em 1958, descreve uma comunidade religiosa anglicana e os vários incidentes decorrentes da substituição do antigo sino da catedral. Esses eventos incitam reflexões em relação a várias questões morais, como por exemplo: a influência da religião e das instituições de poder na conduta moral; o modo de suplantar interesses próprios e o egoísmo em benefício do próximo, o papel das mulheres na sociedade e a maneira pela qual a sociedade é injusta e intolerante com aqueles cuja sexualidade difere da maioria. Assim, o objetivo desta pesquisa é analisar como certas questões da filosofia moral de Murdoch estão apresentadas nesse romance, The Bell, por meio da expressão literária, mostrando que a arte literária e visual estão amplamente relacionadas à sua teoria moral.