Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Isabela Bertanholi Leme da [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153864
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Resumo: |
Introdução: Embora a LTU seja conhecida pela humanidade desde a antiguidade, o real mecanismo envolvido na formação do cálculo renal ainda não foi completamente esclarecido. Trata-se de um processo complexo, envolvendo uma doença multifatorial resultante de interações entre fatores ambientais, predisposição genética e distúrbios metabólicos. Alterações nos fatores dietéticos têm sido propostas para prevenir ou minimizar o risco da litíase recorrente. Dentre estes fatores, o cranberry tem sido sugerido como potencial agente terapêutico capaz de atenuar os efeitos da hiperoxalúria, porém com resultados ainda controversos. Objetivo: Avaliar as eventuais repercussões metabólicas e histológicas decorrentes da suplementação oral da dieta com cranberry, sobre as alterações morfológicas e urinárias secundárias à hiperoxalúria provocada por agentes indutores, em um modelo experimental em ratos. Métodos: Foram utilizados 40 ratos machos da raça Sprague-Dawley, randomicamente distribuídos em quatro grupos: GRUPO 1 (G1: n=7) controle clínico; GRUPO 2 [G2: Etileno glicol (EG) a 0,5%+vitamina D3 (VD3), n=11] no qual a hiperoxalúria foi induzida a partir da administração de EG diluído em água e ofertado em associação com a VD3 (Colecalciferol) na dose de 0,5 μM; GRUPO 3 [G3: EG 0,5%+VD3+Cranberry); n=11] no qual os animais receberam as mesmas drogas ofertadas ao G2 acrescido de xarope de cranberry na dose de 800mg/kg peso/dia; GRUPO 4 (G4, n=11) animais suplementados apenas com a cranberry na mesma dose do G3. Foi coletada urina de 24 horas após 28 dias de intervenção para estudo metabólico. Neste dia os animais foram eutanasiados e os rins removidos para análise histopatológica/morfométrica, análise do estresse oxidativo no parênquima renal, bem como dosagem do cálcio no parênquima. Resultados: Dentre os parâmetros urinários avaliados, observou-se significativa redução do citrato em todos os grupos em relação ao controle, enquanto que o oxalato mostrou-se significativamente aumentado nos G2 e G3 quando comparado ao G1 (85,8, 93,6 e 51,7 mg/24h, respectivamente). O cálcio urinário foi significativamente menor nos grupos induzidos (G2: 0,84, G3: 1,07 e G1: 1,76mg/dL). A análise histomorfométrica revelou que apenas os animais dos G2 e G3 desenvolveram nefrolitíase sem, no entanto, apresentar diferença significativa entre si na contagem dos cristais intratubulares. Da mesma forma, considerando-se a análise histopatológica, apenas os animais induzidos (G2 e G3) exibiram atrofia, extravasamento estromal e infiltrado inflamatório no parênquima renal, em um padrão bastante semelhante entre os dois grupos. Com relação a análise do estresse oxidativo, os níveis de hidroperóxido de lipídio mostraram-se aumentados no grupo induzido (G2), quando comparado aos demais grupos. Como esperado, a quantificação do cálcio no parênquima renal foi significativamente maior em G2 e G3 quando comparado aos grupos sem indução. Conclusão: Embora a suplementação alimentar com cranberry tenha apresentado alguns efeitos positivos sobre a análise do estresse oxidativo, tais benefícios não foram suficientemente relevantes para impactar positivamente na redução da deposição dos cristais de OxCa e/ou na prevenção dos danos histológicos ao parênquima renal dos animais submetidos ao modelo de indução de hiperoxalúria. |