Composição das penas e da pulpa de frangos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Leme, Bruno Balbino [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202212
Resumo: A composição em aminoácidos das penas é utilizada como base para predição das exigências nutricionais para o seu crescimento. No entanto, durante o crescimento dos frangos de corte as penas sofrem mudas e consequentemente ocorrem alterações em sua composição, e até então este evento não foi contemplado nos modelos de predição de exigências nutricionais para aves. Neste contexto, esta dissertação foi realizada com o objetivo de: 1) descrever a composição das penas em diferentes tratos do corpo durante o crescimento das aves; 2) descrever a composição da pulpa presente nas penas em crescimento; 3) descrever a composição dos diferentes tipos de penas maduras. Para descrever a composição das penas em diferentes tratos e da pulpa durante o crescimento das aves, 200 frangos de corte de cada sexo (macho e fêmea) x linhagem (Cobb 500 MX e Ross 308 AP (AP95)) foram distribuídos aleatoriamente em dez boxes de 20 aves cada e alimentadas com quantidades adequadas de proteína dietética usando um programa alimentar de quatro fases. Uma ave por box (10 aves por genótipo) foi amostrada e eutanasiada aos 14, 28, 42, 56, 70, 84, 98 e 112 dias de idade. Todas as penas foram arrancadas de cada um dos sete tratos, sendo eles capital-cervical, dorsopélvico, interescapular, peitoral, femoral, humeral-alar e dorsocaudal. Das remiges (primárias e secundárias) foram coletadas toda a pulpa presente. As penas foram secas em estufa de ventilação forçada (55°C por 72 horas) e a pulpa foi seca por liofilização (-80°C por 72 horas), após esses procedimentos foram quantificados os teores de água e proteína. Os aminoácidos foram quantificados apenas nos frangos machos da linhagem cobb, nas idades de 1, 28 e 70 dias. Para descrever a composição das penas maduras, um sub-ensaio foi conduzido utilizando 20 aves de cada um dos genótipos avaliados, as aves foram alojadas individualmente em gaiolas e as penas perdidas naturalmente foram coletadas diariamente. Foram separadas as penugens, penas de contorno, remiges e retrices, analisado os teores de água e proteína. Novamente, apenas as penas de frangos Cobb macho foram quantificados o conteúdo de aminoácidos. Foi verificada uma pequena variação nos teores de proteína, em base de matéria seca, em todas as idades, linhagem e sexo. Os tratos dorsopélvico e interescapular apresentaram um aumento discreto nos teores de proteína com o avanço da idade. No conteúdo de água, uma redução foi observada com o aumento da idade para ambos sexo e linhagem, em todos os tratos. Nas penas em crescimento, os aminoácidos metionina, lisina e ácidos aspártico tiveram uma redução durante o crescimento das aves, já os aminoácidos cistina, valina, leucina e serina aumentaram. Em relação a pulpa, o teor de proteína foi menor apenas aos 112 dias, para água foi semelhante ao longo de todo período. As penas maduras apresentaram baixo teor de água, e para proteína os valores foram semelhantes ao das penas em crescimento. Os aminoácidos metionina, lisina e histidina foram consideravelmente maiores na pulpa do que nas penas maduras. Cistina e valina foram maiores nas penas maduras do que na pulpa. Diferenças que evidenciam o processo de queratinização das penas. Contudo, há mudanças na composição de aminoácidos durante o crescimento das penas de frangos de corte, e que comumente não são computadas em modelos de predição de exigências de aminoácidos.