Graffiti: ética, estética e poética: o eu grafiteiro/artista/pesquisador ser culto híbrido contemporâneo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Boemer, Otavio Fabro [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181730
Resumo: A presente pesquisa circunscreve-se no campo da linguagem da nova geração do Graffiti, provindo da tradição estadunidense, inspirado no movimento cultural hip-hop. Da evolução do Graffiti de tradição nova-iorquina inicial, vista atualmente nos grandes centros urbanos do mundo, somar-se-ia a arte contemporânea e seus paradigmas, assim como conceitos teóricos e necessidades e soluções próprias da pesquisa científica em hipótese que confirmaria a hibridação (Valente) tida na figura do ser grafiteiro/artista/pesquisador, um novo “ser culto híbrido” contemporâneo (inspirado em Canclini). Assim se demonstraria as potências desse significativo agrupamento artístico mundial em nossa atualidade. A pesquisa abordará inicialmente questões de ordem estética, poética e ética do Graffiti, de sua “utopia inconsciente” (Boemer) do fazer em relação aos sistemas a ele relacionados, sendo conflitos de um lado com a lei e de outro com o mercado de arte, até sua relação com a educação não formal, e seu uso na publicidade – determinando, desta forma, diferentes perfis de produção. Sendo este autor inicialmente grafiteiro, que se vê na atualidade no mercado de arte como artista contemporâneo, soma-se a este contexto a educação não-formal como educador, a publicidade como empresário e a universidade como ser pesquisador. Grafiteiro/artista/pesquisador – Ota/Otavio Fabro/Boemer. De um estudo histórico hermenêutico sincrônico em tempo diacrônico, apresentaram-se possíveis relações com foco na aparição do Graffiti na história, da antiga até os dias de hoje (Gombrich, Funari, Debord, Lara, Barbosa, Winnicott e Benjamin) afim de se traçar uma linha do tempo e estética. Com foco em uma análise teórico/crítica (Kraus, Bauman, Anfam, Deleuze, Owens, Latur) das mudanças que esclarecem as intervenções atuais e obras atuais do artista, e na vertente empírico/analítica de sua produção como obras visuais – sua poética – serão apresentados trabalhos realizados sob a formatividade (Pareyson) de um ser híbrido em sua organização poética e ética, com base conceitual na estética já delimitada. Dado o caráter de pesquisa explicitamente poética, o autor apresentará sua produção artística, obras intrínsecas e motivadoras de todos os levantamentos e conceitos abordados nos diferentes meios hibridados. Observada a carência de pesquisadores que hibridem este mesmo perfil, busca-se com esta tese também contribuir ao campo da pesquisa em arte, tendo nesta hibridação o desejo de que surjam mais pesquisadores que inter-relacionem tais áreas.