Formação de professores e professoras para as questões de gênero na educação infantil: uma análise bibliográfica (2000-2020)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Serrano, Gabriel Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/243009
Resumo: Trata o presente de dissertação decorrente de pesquisa de mestrado, desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE – Faculdade de Filosofia e Ciências – FFC, Universidade Estadual Paulista – UNESP/Câmpus de Marília, com o objetivo central de identificar, analisar e produzir um Estado da Arte sobre a formação dos professores e professoras para as questões de gênero na Educação Infantil, entre 2000 e 2020. Para a elaboração deste texto, pautamo-nos num quadro teórico Stoller (1993) e Pinto (2015), constituído, inicialmente, pelas formulações de De Certeau (1979) sobre o “lugar de fala”, às quais foram incorporadas as formulações de Freire (2014, 2015), centralmente suas categorias “realidade concreta”, “diálogo” e “práxis”, e suas preocupações, quanto às questões do acolhimento à diversidade na sociedade e na escola, preocupações essas que dialogam com as nossas preocupações, ou seja, com preocupações advindas do nosso “lugar de fala”. Sobre questões de gênero e sexualidade foram incorporadas as formulações teóricas Stoller (1993), Pinto (2015), Brabo, Silva e Maciel (2020), Butler (1990), Carvalho (1998), Felipe (1999), Furlani (2008), Petry e Meyer (2011), Pontes e Silva (2018) e Saffioti (2001). À luz desse quadro teórico compreendemos a necessidade de desenvolver uma pesquisa histórica, com fontes recuperadas em período anterior ao início do seu desenvolvimento, e bibliográfica, considerando que o corpus da pesquisa é constituído por teses e dissertações em Educação, selecionadas no recorte temporal da pesquisa. Numa primeira etapa da pesquisa, foram produzidos dados mediante “uma nova repartição cultural” (DE CERTEAU, 1979), ou seja, as teses e dissertações recuperadas do banco de dados da Capes foram sistematizadas em busca de atingir o objetivo geral da pesquisa. Nesse sentido as buscas foram feitas utilizando-se os termos buscadores “formação de professores”, “Educação Infantil” e “Educação Sexual”. A propósito, ressaltamos que as buscas em bancos de dados, portanto, a literatura sobre a temática gênero, remetem o termo “gênero” aos estudos sobre gêneros literários. Daí, terem sido necessárias buscas utilizando-se o termo buscador “Educação Sexual” em substituição ao termo “Gênero”. Posteriormente, procedemos à análise das teses e dissertações sistematizadas sobre as questões de gênero na Educação Infantil no Brasil, a partir das categorias freireanas mencionadas, realidade concreta, diálogo e práxis. Consideramos, ao final, que a Educação Sexual deve estar no cerne do currículo escolar para que os alunos da Educação Infantil possam (re)conhecer o corpo humano, a sua heterogeneidade e especificidades e para o enfrentamento contra a violência sexual contra as mulheres e crianças. Reconhecemos que há uma lacuna na formação de professores e professoras para as questões de gênero na Educação Infantil para entender a criança como um ser social que carrega consigo a sua história, vivência, experiência e o seu “lugar de fala” (DE CERTEAU, 1979).