Utilização da termografia como preditor da proximidade da ovulação em éguas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: De Camillo, Beatriz Lippe
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/252019
Resumo: A demanda por equinos de alto desempenho em esportes competitivos tem incentivado o uso de técnicas que contribuam para efetividade de biotécnicas da reprodução. No contexto da reprodução assistida, é crucial um controle preciso do desenvolvimento folicular, normalmente alcançado por meio da ultrassonografia modo B. Recentemente, a termografia emergiu como uma técnica de imagem promissora, complementando diagnósticos de lesões locomotoras, anomalias na termorregulação testicular e, em fêmeas, acompanhamento do ciclo estral. Apesar de sua eficácia na identificação de alterações provenientes do ciclo estral em suínos e vacas, seu potencial ainda não foi completamente explorado na espécie equina. Este estudo teve como objetivo avaliar as variações de temperatura superficial em regiões específicas, como os olhos, vulva, clitóris e o ânus, além da temperatura retal, durante as fases folicular e luteínica em éguas. Para isso, foi utilizada a termografia digital por infravermelho em combinação com dados obtidos por ultrassonografia durante o manejo reprodutivo para a transferência de embriões. Foram monitoradas 17 éguas, com idades variando de 6 a 15 anos, no intervalo entre duas colheitas de embriões. As avaliações ultrassonográficas foram diárias, para mensurar o desenvolvimento dos folículos. Astermografias foram realizadas diariamente, às 6:30h, seguidas da medição da temperatura retal com um termômetro digital. Além disso, o sangue dos animais foi colhido diariamente para futura dosagem de progesterona. Posteriormente, os dados foram analisados por meio de testes estatísticos de efeitos mistos no software Stata 17®. Os resultados revelaram uma correlação entre a alteração da temperatura retal e uma alteração média equivalente de 0,42% na temperatura da região anal. Além disso, ao identificar o momento da ovulação como dia 0 (D0), observamos aumentos na temperatura vulvar nos dias D-4, D-3, D-2, seguidos de umadiminuição em D-1. A temperatura do clitóris, por sua vez, foi mais baixa nos dias D-4, D-3, D-2, D-1 e D1, apresentando um aumento de 0,006% a partir do D1. Em resumo, este estudo evidenciou uma diminuição nas temperaturas estudadas no dia da ovulação, com a temperatura do clitóris mostrando a maior redução. A termografia digital infravermelha se mostrou eficaz na detecção dessas variações, sugerindo seu potencial como uma ferramenta para monitorar e identificar o dia da ovulação em éguas. Além disso, esta pesquisa contribuiu para a compreensão das mudanças fisiológicas relacionadas ao ciclo reprodutivo equino, destacando a relevância da temperatura na região clitoriana nesse contexto.