Caracterização química dos óleos essenciais de Lavandula angustifolia e Lavandula dentata, ensaios “in vitro” e aplicação em nanoemulsões

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Figueiredo, Bruna Kauffmann
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191229
Resumo: O óleo essencial da lavanda tem sido usado amplamente nas indústrias cosmética e farmacêutica, demonstrando várias propriedades terapêuticas, tais como analgésica, anti-inflamatória, cicatrizante, antimicrobiana e antifúngica; porém, sua lipofilicidade dificulta a incorporação em formulações de matriz aquosa. Deste modo, a nanotecnologia vem surgindo como uma estratégia para melhorar o desempenho de ativos contidos nos cosméticos, e buscar sua aceitação pelo consumidor. Os objetivos deste trabalho foram: avaliar a citotoxicidade e o potencial cicatrizante, bem como a atividade antioxidante, dos óleos essenciais de Lavandula angustifolia e Lavandula dentata, utilizando metodologias in vitro, e obter e caracterizar nanoemulsões contendo esses óleos. Também foram realizadas a identificação e a quantificação das substâncias químicas presentes nos óleos essenciais. No que diz respeito à eficácia, a atividade antioxidante foi analisada pela metodologia de inibição dos radicais DPPH• e ABTS•+, e o potencial cicatrizante pela avaliação do estímulo da produção de colágeno em células da linhagem HDFa. A citotoxicidade dos óleos também foi analisada, através da metodologia com o corante MTT, e as nanoemulsões foram obtidas pelo método de baixa energia, sob temperatura ambiente, determinando primeiramente o EHL de cada óleo para, em seguida, otimizar as formulações em relação à porcentagem dos componentes e tensoativos utilizados, com o emprego, também, de um tensoativo sustentável. As formulações escolhidas foram submetidas a duas condições de estresse, por um período de 30 dias de armazenamento, tendo a sua estabilidade avaliada em relação aos aspectos macroscópicos, pH, tamanho de gotícula, índice de polidispersão e potencial Zeta. Os óleos apresentaram como componentes majoritários 1,8-cineol e cânfora. Foi possível observar atividade antioxidante dos óleos, porém são necessárias concentrações superiores que as da substância padrão para manter a mesma atividade. Os resultados do ensaio da citotoxicidade mostraram que ambos os óleos, quando usados na concentração de 0,156%, não foram citotóxicos para a linhagem HDFa; porém, foi sugerida a citotoxicidade para as linhagens HaCat e HepG2. Também não foi possível observar, por parte dos óleos, a indução na biossíntese de colágeno nas células HDFa utilizadas. No desenvolvimento das nanoemulsões, foram determinados EHL distintos para cada óleo, assim como as porcentagens dos componentes e os tensoativos utilizados também foram diferentes, mas apresentaram tamanho pequeno de gotícula, baixo índice de polidispersão e potencial Zeta próximo do valor indicativo de estabilidade máxima. As formulações selecionadas foram consideradas estáveis em todos os parâmetros analisados. Foi possível concluir que os óleos essenciais proporcionaram o desenvolvimento de nanoemulsões estáveis, seguras em concentração menor que 0,156% e eficazes, como antioxidantes, de acordo com os ensaios realizados.