Follow-up metabólico e biométrico de pacientes com hiperglicemia na gestação e seus conceptos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Arantes, Mariana Alvarez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153818
Resumo: Introdução e objetivos: as mulheres com Diabetes mellitus gestacional (DMG) estão em maior risco de resultados adversos na gravidez, bem como, desenvolver o Diabete mellitus tipo 2 (DM2) e outras síndromes metabólicas no futuro, em comparação com mulheres sem DMG. A co-ocorrência de DMG com obesidade "diabesity", é provavelmente a maior epidemia da história humana. As alterações metabólicas no útero podem influenciar os padrões fisiológicos e estruturais que "programam" a saúde a longo prazo na idade adulta. A prole destas mães tem o risco aumentado ao longo da vida para doenças metabólicas e obesidade. Métodos: Este estudo descritivo deriva de uma coorte prospectiva de mulheres grávidas que foram seguidas no Centro de Pesquisa sobre Diabetes Perinatal - FMB-UNESP. Todos os pares de mulheres e recém-nascidos que realizaram a triagem para DMG durante a gravidez foram contatados e convidados a retornar para o estudo de acompanhamento de longo prazo com seus filhos. Resultados: Nossos resultados mostram que DMG anterior foi preditor significativo para DM2 isolado [2.56 (95% C.I. 1.73- 3.79)]. Quando avaliamos a "diabesidade" com sobrepeso pré-gestacional e DMG, houve significancia para a progressão para DM2 [6.00 (IC 95% 2.42- 14.84)], sobrepeso no futuro [2.37 (IC 95%: 1.56- 3.61)], resistência à insulina [3.14 (IC 95% 1.79- 5.49)] e dislipidemia [5.47 (IC 95% 2.17- 13.76)]. Conclusão: O DMG foi fortemente associado ao maior risco tanto materno quanto para os descendentes, esses achados sustentam a idéia da forte associação entre exposições ambientais durante o início da vida (pré e pós-natal) e o condicionamento das respostas biológicas que definem o risco de doença ao longo da vida da prole e da mãe. Além disso, os processos de adaptação fisiológica decorrentes da exposição à obesidade materna e diabetes “diabesidade” durante a gravidez afetam descendência fetal, resultando em adaptações nos níveis do sistema celular, tecido e órgão. Mudanças epigenéticas ao longo do curso de vida em conjunto com fatores como dieta e estilo de vida pós-natal levam ao desenvolvimento de distúrbios metabólicos na idade adulta jovem que continuam na idade adulta e na velhice.