Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Salis, Larissa Vedovato Vilela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214028
|
Resumo: |
A disbiose, associada ao aumentoda permeabilidade intestinal e desregulação do sistema imune, podem contribuir parao desenvolvimento de doenças autoimunes. O objetivo deste trabalho foi avaliar adisbiose intestinal em pacientes com tireoidite de Hashimoto (TH) e correlacionar aos dados clínicos, dieta, e concentrações séricas de citocinas e zonulina. A frequência de consumo alimentar foi avaliada por questionário estruturado desenvolvido por nutricionistas. Amostras de fezes foram utilizadas para avaliar a microbiota por PCR em tempo real e sequenciamento 16S, e o soro para a dosagem decitocinas e zonulina, por citometria de fluxo e ELISA, respectivamente. Os resultadosforam analisados utilizando teste Qui-quadrado de Pearson, Mann-Whitney ecorrelação de Spearman. Foram incluídos 40 pacientes com TH (48,9 ± 13,2anos) e 53 indivíduos controles (45,6 ± 16,7 anos). Observamos diferençassignificativas entre pacientes e controles quanto ao consumo de carboidratos, proteínas, gorduras saturadas, verduras/legumes e laticínios. Foi detectada disbiose intestinal nos pacientes, com diferenças na riqueza e diversidade microbianas (P<0,05). A abundância dos gêneros Suterella, Intestinimonas, Acidaminococcus e Bacteroides estava aumentada nas fezes do grupo TH, enquanto Ruthenibacterium, Escherichia, Erysipelatoclostridium, Blautia, Anaerostipes e Bifidobacterium estavam reduzidos. O gênero Lactobacillus estava aumentado em pacientes que não tomavam levotiroxina. Bacteroides, Anaerostipes, Eubacterium hallii e Dorea longicatena correlacionaram de maneira inversa ao consumo de proteínas de origem animal. A ingestão de carboidratos correlacionou positivamente com Faecalibacterium prausnitzii, e o consumo de gorduras saturadas com Bacteroides cellulosilyticus, e negativamente com Eubacterium e Sutterella wadswortheusis. Catenibacterium, Bacteroides plebeius e Holdemanella biformis correlacionaram inversamente aos níveis de IL-6. Ruminococcus gnavus correlacionou diretamente às concentrações de TNF, Eubacterium rectale aos de IFN-, e Bacteroides stercoris e Blautia obeum aos de IL-17A. Além disso, observamos aumento significativo dos níveis séricos de zonulina nos pacientes, sugerindo maior permeabilidade da barreira intestinal. Concluímos que pacientes com TH apresentam disbiose e aumento da permeabilidade intestinal e que os hábitos alimentares desempenham papel importante na determinação da composição da microbiota intestinal. |