As interrogativas de conteúdo na história do Português brasileir o: uma abordagem discursivo-funcional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Fontes, Michel Gustavo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86561
Resumo: Este trabalho toma como objeto de estudo estruturas interrogativas do português brasileiro (doravante PB), exclusivamente as Interrogativas de Conteúdo ou, como comumente são conhecidas na literatura linguística, Interrogativas-Qu. No geral, procuramos, a partir de um ponto de vista funcional, observar e explicar o comportamento morfossintático, semântico e pragmático das Interrogativas de Conteúdo na história do PB e, especificamente, buscamos explicitar os condicionamentos semânticos e pragmáticos por trás da ocorrência de dois principais fenômenos estruturais presentes na forma das Interrogativas de Conteúdo: (i) o posicionamento no campo inicial ou final do constituinte interrogativo e do sujeito e (ii) a clivagem do constituinte interrogativo em posição inicial por meio dos expletivos é que e que. A abordagem diacrônica presente neste trabalho se justifica à medida que evidenciamos as mudanças que afetam a estrutura das Interrogativas de Conteúdo ao longo da história do PB, assim como os fatores que as condicionaram. Na verdade, acreditamos que a possibilidade de se posicionar o constituinte interrogativo no campo final da oração e a de se clivar esse constituinte quando em posição inicial são fenômenos inovadores na língua e casos de uma mudança na estruturação das Interrogativas de Conteúdo que se relacionam, principalmente, ao enrijecimento da ordem anteposta do sujeito em relação ao verbo. Para tanto, fundamentamo-nos no aparato teórico-metodológico da Gramática Discursivo-Funcional conforme concebida por Hengeveld e Mackenzie (2008) e selecionamos os séculos XIX e XX como período de análise, tomando como material de análise texto escritos, como peças de teatro e cartas pessoais, e textos falados, especificamente os inquéritos que compõem o corpus mínimo do Projeto da Gramática do Português Falado