Práticas educativas, problemas de comportamento e habilidades sociais: um estudo multi-métodos e com diferentes informantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Medeiros, Francisco de Assis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194378
Resumo: Pesquisas têm verificado a relação de problemas de comportamento infantil com a presença de práticas educativas negativas, bem como de habilidades sociais com práticas educativas positivas. Ainda que sejam raros na literatura, sabe-se da relevância da utilização de métodos multimodais e múltiplos informantes para mensurar estas variáveis, incontestes ao longo do desenvolvimento infantil. O presente estudo teve por objetivo descrever e comparar variáveis relacionadas as interações mães-crianças, pais-crianças e professores-crianças, considerando a interrelação entre habilidades sociais infantil, habilidades sociais educativas, práticas negativas e problemas de comportamento. Constituíram a amostra 11 crianças, cinco do sexo feminino e seis do sexo masculino, de seis a 10 anos, cursando o ensino fundamental em escolas públicas do interior paulista, seus pais biológicos e seus professores. Os instrumentos utilizados foram CBCL, TRF, BAI, BDI, RE-HSE-P, RE-HSE-Pr, QRSH-P, QRSH-Pr e protocolos para análise de vídeos da interação pais-crianças e professor-aluno. Dentre os resultados obtidos, destaca-se que mães, pais e professores, apresentaram maior déficit de habilidades sociais educativas que ocorrências de práticas negativas; divergências entre os dados dos instrumentos de autorrelato e observação direta das práticas educativas; genitores e professores divergiram na relato das práticas educativas; mães foram avaliadas com mais indicativos de depressão e ansiedade e bom repertório de habilidades socias infantis não diferenciaram grupos de crianças clinicas e não-clinicas para problemas de comportamento. Ademais, as crianças foram avaliadas como tendo mais problemas de comportamentos no ambiente familiar, levantando-se a hipótese de que fatores de risco acumulados possam explicar essa diferença. Conclui-se, que avaliações multimodais e com multi-informantes, incluindo-se observações diretas da interação das crianças com genitores e professores, devem ser adicionadas em futuras pesquisas por apresentarem dados complementares ao de instrumentos de relato e autorrelato.