Resistência de genótipos de milho a Dichelops melacanthus (Dallas) (Hemiptera: Pentatomidae) e caracterização de injúrias de percevejos em plântulas de milho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bueno, Nádia Maebara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182562
Resumo: Percevejos fitófagos são insetos-praga que atacam diversas culturas de importância agrícola. Estes insetos, no geral apresentam preferência pela parte reprodutiva de leguminosas, porém, devido a mudanças no sistema produtivo brasileiro, têm sido comumente observados alimentando-se de plântulas de milho (Zea mays L.), especialmente quando este sucede a soja [Glycine max (L.) Merr.] no campo, causando danos significativos e variados. O percevejo-barriga-verde, Dichelops melacanthus (Dallas) (Hemiptera: Pentatomidae), é considerado praga-chave de período inicial na cultura do milho no Brasil. A espécie Euschistus heros (F.) (Hemiptera: Pentatomidae) é a espécie mais abundante no Brasil e também pode se alimentar de plântulas de milho. O percevejo-marrom-marmorizado, Halyomorpha halys (Stål) (Hemiptera: Pentatomidae) foi introduzido nos Estados Unidos da América na década de 1990 e tem se dispersado rapidamente pelo país, trazendo prejuízos de até 100% em culturas de importância econômica. Embora percevejos adultos tenham seu potencial de danos reconhecido, pouco se sabe sobre os prejuízos relacionados aos demais estágios de desenvolvimento. Formas de controle alternativas ao método químico, e que causem menos impacto ao ambiente e ao homem são altamente desejáveis. A resistência de plantas é uma tradicional ferramenta do Manejo Integrado de Pragas (MIP) e tem como principais vantagens a eficiência, menor impacto ambiental e a compatibilidade com outros métodos de controle. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivos: i) caracterizar antixenose e/ou antibiose de genótipos de milho a D. melacanthus; ii) determinar os danos causados por todas as fases de vida de D. melacanthus e E. heros em plântulas de milho; e iii) determinar os danos causados por diferentes fases de H. halys em plântulas de milho-doce nos Estados Unidos. Observou-se que, após 24 horas, os genótipos IAC 8046, SCS 156 Colarado e IAC 8390 foram menos infestados por D. melacanthus, indicando ocorrência de antixenose. Os genótipos IAC 8390 e JM 2M60 afetaram parâmetros biológicos do percevejo barriga-verde, revelando a ocorrência de antibiose. Os genótipos indicados acima podem ser utilizados em programas de melhoramento visando a resistência de plantas. Ninfas de quinto instar de D. melacanthus foram as que mais afetaram negativamente o peso fresco e diâmetro de caule das plântulas de milho. O quarto instar de E. heros foi o que mais afetou negativamente peso fresco e seco, altura e diâmetro de caule das plântulas de milho. Plântulas de milho-doce servem como alimento ao percevejo H. halys, sendo os danos mais significativos quando as plantas são infestadas por ninfas de quarto instar. Em função do potencial de danos demonstrado, as fases jovens de percevejos devem ser consideradas para determinação de nível de dano econômico em milho, refletindo na tomada de decisão para controle desses insetos.