O conceito de formação em Goethe e Rousseau e sua apropriação no Brasil a partir dos anos 1930

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Quintella, Siumara da Silveira Melo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183246
Resumo: Este estudo tem como objeto o conceito de Formação em Goethe e Rousseau, e sua apropriação no Brasil a partir dos anos 1930. O percurso se constituiu em duas partes: a primeira, permeada pelas indagações do que vem a ser a ideia de formação (Bildung), gestada no espírito do Iluminismo europeu do século XVIII, e as ressonâncias românticas germânicas e francesas dessa ideia, tendo em vista a construção do ideário estético do Romantismo. A segunda parte do trabalho está reservada ao estudo de como se deu a inserção desse conceito na história socioeducacional brasileira, verificada por meio do exame dos Manuais de Ensino referentes ao período compreendido entre as décadas de 1930 a 1970, período assentado no Movimento Escolanovista. Para tanto, empreendemos uma análise de fragmentos dos Manuais de Ensino a fim de extrair deles os elementos centrais para a compreensão das ideias de formação presentes no pensamento educacional brasileiro, e os modos pelos quais esses textos integraram o mercado editorial à época. Na tentativa de lançarmos luz sobre os resultados apresentados servirmo-nos dos conceitos de semiformação e de indústria cultural, tal como figuram nos escritos de T. W. Adorno. Diante do exposto, confirmou-se a tese de que o conceito de formação, conforme o modelo de construção desse conceito em Goethe e Rousseau, não corresponde ao conceito de formação veiculado nos manuais de ensino, conceito este transfigurado, vulgarizado, e, sobretudo, enfraquecido, provocando prejuízos, no decorrer de décadas, ao processo educacional vigente no país.