Utilização de lactonas macrocíclicas sob diferentes doses e vias de administração em equinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Camargo, Samara Arão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202701
Resumo: Os nematóides gastrintestinais são economicamente os parasitas mais importantes de equinos. Tendo como principal forma para o controle dessas parasitoses o uso de lactonas macrocíclicas, sendo encontradas no mercado apenas em apresentação oral para esta espécie. Formulações diferentes podem causar alterações na atuação e eficácia dos princípios ativos, o que tornam imprescindíveis estudos farmacológicos mais profundos sobre os mesmos. Sendo assim, objetivou-se avaliar a eficácia e a toxicidade de três lactonas macrocíclicas sob duas vias de administração (enteral e parenteral), avaliando-se a presença de reação local na administração injetável por meio de imagens ultrassonográficas e termográficas. O experimento foi realizado no período de setembro a novembro de 2019, com a utilização de 70 equinos, da raça Quarto de Milha, sendo os mesmos divididos em 7 grupos inteiramente casualizados. As drogas utilizadas foram a abamectina (0,2 mg/kg), moxidectina (0,2 e 0,4mg/kg) e a ivermectina (0,2mg/kg) pelas vias intramuscular e oral. Foram realizadas coletas de fezes para contagem de ovos por grama de fezes (OPG) e coprocultura para posterior identificação de larvas infectantes nos dias 0, 3, 7, 14, 21, 28, 42, 56 e 70. Os resultados foram analisados para se obter o percentual da redução do número de ovos por grama de fezes (R- OPG), utilizando o programa estatístico RESO. Também foram coletadas amostras de sangue nos dias 0, 3 e 7 para análise da toxicidade, por meio de marcadores bioquímicos AST, Ureia, Creatinina, CK e LDH. Para a análise de uma possível lesão tecidual pós-aplicação do antihelmintico por via intramuscular foram utilizados métodos de imagem como termografia e ultrassonografia nos dias 0 (antes da aplicação), 3 e 7 (pós-aplicação). Os dados foram submetidos à ANOVA e, quando significativos, as médias foram agrupadas por meio do teste de Tukey a um nível de significância 5%. As drogas administradas por via oral mostraram uma eficácia de 100%, porém os anti-helmínticos utilizados de maneira injetável não se mostrou eficaz em nenhum momento do experimento atingindo reduções entre 83 e 34%. Apesar da eficácia observada na administração oral dos fármacos, houve PRO precoce, indicando uma possibilidade de resistência. As imagens ultrassonográficas mostraram que a aplicação intramuscular das lactonas macrocíclicas causaram uma lesão no local na aplicação, principalmente na moxidectina utilizada em dose duplicada (70% dos animais), o que não pode ser observado nas termografia. Os parâmetros bioquímicos observados mostraram que não houve dano muscular, nem sobrecarga hepática. Portanto, os resultados desse estudo permitem inferir que os anti-helmínticos administrados por via oral promoveu controle eficaz contra nematódeos gastrointestinais, enquanto o tratamento parenteral além de não ser eficaz, promoveu lesão muscular aguda.