Efeito do controle de luz sobre as características espermáticas e proteômica do sêmen de perdizes (Rhynchotus rufescens)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Kelry Mayara [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193358
Resumo: O estudo teve como objetivo avaliar as características seminais e o comprimento da estação reprodutiva de perdizes (Rhynchotus rufescens), criadas com luz natural ou artificial, a fim de melhorar a eficiência reprodutiva visando à criação comercial (estudo I). Foi também objetivo descrever a proteômica dos espermatozoides e plasma seminal de perdizes (estudo II). No estudo I, durante a estação reprodutiva (setembro 2017 a março 2018), foram selecionados 20 de 60 machos, quanto à facilidade para a colheita do sêmen e à produção espermática. Os machos selecionados foram divididos em 2 grupos, grupo controle (luz natural, n = 10) e grupo tratado (16 h de luz e 8 h de escuridão, n = 10). O sêmen foi colhido 2 vezes/semana e analisado quanto ao volume, motilidade subjetiva, vigor, coloração, grau de contaminação, concentração espermática e defeitos morfológicos. O estudo II foi conduzido similarmente ao estudo I. O sêmen foi colhido de 28 machos, divididos em 2 grupos (luz natural e luz artificial). Após as colheitas, as amostras foram agrupadas em pools de cada grupo e centrifugadas para a separação do plasma seminal (sobrenadante) e espermatozoides (pellet). As amostras foram preparadas para proteômica com digestão tríptica e submetidas a espectrometria de massas (ESI-Q-TOF MS/MS). No estudo I, a obtenção e facilidade na colheita do sêmen foi maior nas aves mantidas com luz artificial (43 versus 11 amostras de sêmen dos grupos luz artificial e natural, respectivamente). Os parâmetros avaliados no sêmen, também foram superiores (P < 0,001) nas aves mantidas sob luz artificial. No estudo II, foram encontradas 28 proteínas no plasma seminal e 58 no extrato proteico dos espermatozoides. A keratin e isoformas e as catalytic activity e binding foi a proteína e funções moleculares mais frequentes, respectivamente, nas amostras e grupos. No extrato proteico dos espermatozoides, as proteínas alpha-enolase, serum albumin, keratin, type II cytoskeletal cochleal (fragment) e ferritin (fragment) foram encontradas em maior abundância nas aves mantidas com luz natural. Já as proteínas olfactory receptor (fragment), tail-anchored protein insertion receptor WRB (fragment), keratin, type II cytoskeletal 73 (fragment) e keratin, type II cytoskeletal 75 (fragment) foram mais abundantes nas aves com luz artificial. As proteínas identificadas no plasma seminal foram keratin, type II cytoskeletal 75 frag., keratin, type I cytoskeletal 15, keratin, type I cytoskeletal 17, keratin, type II cytoskeletal 73, keratin, type II cytoskeletal 75, keratin, type II cytoskeletal cochleal, tubulin beta chain (Fragment), glutathione S-transferase Mu 5. Nós concluímos que o programa de luz artificial pode prolongar a estação reprodutiva e aumentar a qualidade espermática de perdizes, sendo indicado para a produção comercial. Além disso, as principais proteínas das células espermáticas e plasma seminal de perdizes (Rhynchotus rufescens) foram descritas pela primeira vez, as quais foram similares as encontradas em outras espécies.