Avaliação da produção, qualidade e criotolerância de embriões cultivados em sofaaci tradicional e sequencial em três atmosferas de oxigênio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pastorio, Rafaela Faresin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/217035
Resumo: O presente estudo avalia a produção, qualidade, criotolerância e estresse oxidativo de embriões bovinos desenvolvidos em dois meios de cultivo, SOFaaci tradicional e SOFaaci sequencial, em diferentes atmosferas de cultivo. Um total de 11640 cumulus oócitos foram maturados em meio de maturação (TCM 199) por 24h. Após os oócitos foram co-incubados com sêmen em meio Talp-FIV por aproximadamente 20h. Logo, os presumíveis zigotos foram cultivados em meio SOFaaci tradicional ou SOFaaci sequencial. Seis grupos experimentais foram formados, MT20= meio tradicional a 20% de O2; MT12= meio tradicional a 12% de O2; MT5= meio tradicional a 5% de O2; MS20= meio sequencial a 20% de O2; MS12 = meio sequencial em 12% de O2 e MS5= meio sequencial em 5% de O2. O cultivo dos embriões com o meio sequencial foi iniciado com SOFaaci A, às 96 e 120hpf era feito a substituição de 75% do volume das gotas de CIV com o meio SOFaaci B. Nos grupos em que foi feito o CIV com meio SOFaaci tradicional, a renovação era realizada da mesma maneira, porém com o próprio SOFaaci tradicional. Ao se completarem sete dias de CIV os embriões foram vitrificados em hastes de vitrificação. Os resultados foram analisados com ANOVA e posterior Teste de Tukey e Teste de X2 com nível de significância à 5%. Na produção embrionária, os grupos em que foi utilizado o meio SOFaaci tradicional foram superiores ao meio SOFaaci sequencial (P=0.028) e a redução na atmosfera de O2 também teve efeito benéfico na taxa de embriões produzidos MT20= 45,3%; MT12= 49,7%; MT5= 53,9%; MS20= 40,2%; MS12= 41,6%; MS5= 45,0%, o número de células totais foi maior nos grupos cultivados em meio tradicional e atmosfera controlada (P<0.05) (MT20=114; MT12= 128; MT5=131; MS20=98; MS12=110; MS5= 112;), tendo, também um maior estresse oxidativo em embriões produzidos em atmosfera controlada (P<0.01) (MT20=4,10; MT12=5,30; MT5=7,46; MS20=4,23; MS12=8,27; MS5=5,93). Os embriões vitrificados e reaquecidos que foram cultivados em SOFaaci tradicional não diferiram entre si na taxa de recuperação nas três atmosferas utilizadas MT20= 60,2%; MT12= 66,6%; MT5= 60,6%. Por outro lado, os embriões cultivados em SOFaaci sequencial apresentaram maior taxa de recuperação na atmosfera de 5% de O2 (P<0,05) MS20= 42,3%, MS12= 53,0%; MS5= 80,1%. Entretanto, a taxa de eclosão dos embriões vitrificados e reaquecidos cultivados em meio SOFaaci tradicional nas atmosferas de 20% e 12% de O2 apresentaram as maiores taxas de eclosão (P<0,05) MT20= 70,7%; MT12= 81,2% e semelhante aos embriões cultivados em SOFaaci sequencial na atmosfera de 12% de O2 MT12= 70,9%. O estresse oxidativo de embriões vitrificados, não diferiu entre os grupos. Concluímos que embriões cultivados em SOFaaci tradicional em atmosferas controladas, apresentam maior produção, número de células e concentrações de espécies reativas de oxigênio. A recuperação após o reaquecimento foi melhor no SOFaaci sequencial na atmosfera de 5% de O2, mas as maiores taxas de eclosão foram obtidas em SOFaaci tradicional e sequencial na atmosfera de 12% de O2.