Sob o domínio da metáfora: transposição de imagens poéticas (em) entre Edgar Allan Poe e René Magritte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Moraes, Walmira Sodré Austríaco [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/137917
Resumo: O corpus desta pesquisa constitui-se dos contos de Edgar Allan Poe, The Domain of Arnheim or Landscape Garden, publicado pela primeira vez em 1847, e Landor’s Cottage. A pendant to “The Domain of Arnheim”, publicado pela primeira vez em 1849. Aos dois contos agrupam-se as pinturas de René Magritte que recebem o mesmo título do conto de Poe: The Domain of Arnheim (1938), The Domain of Arnheim (1944), The Domain of Arnheim (1949) e The Domain of Arnheim (1962). O recorte materializa-se mediante a análise dos efeitos estéticos e das várias produções de sentidos metafóricos registrados nas telas e nos contos. Para tanto, propomos uma discussão que tem como referencial um processo de interpretação sígnica atravessado por uma historicização da relação original entre Poe e Magritte por meio da análise de outras telas e textos subjacentes àqueles que constituem o objeto da nossa investigação. O estudo constrói uma teia de relações em cuja base está a metáfora – pensada em sua historicidade dinâmica – considerada como princípio, meio e fim das injunções estabelecidas. Estimamos, como prioridade, o deslocamento histórico-estético que essa figura sofreu, e a contextualização destaca, portanto, a sua ação transformadora pela qual literatura e pintura interagem por semelhança, por similitude e/ou por dessemelhança. Nesse sentido, a relação dialética proposta constitui-se, no âmbito de nossas discussões, pelo predomínio da metáfora a partir de suas atuações no discurso literário e pictórico e entre eles, e, ainda, em face dos seus deslocamentos. Essa relação privilegia a formação de um quadro teórico que alinhe o ut pictura poesis aos efeitos advindos do uso da metáfora, o que possibilita, a nosso ver, a aproximação efetiva entre literatura (Poe) e pintura (Magritte), com ênfase, sobretudo, nas relações de similaridades estruturais que mantêm entre si.