Estudo da crosta no sudoeste do cráton amazônico utilizando técnicas sismológicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Morais, Douglas Souza Figueiredo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182036
Resumo: Técnicas sismológicas como Função do Receptor, Análise de Dispersão de Ondas de Superfície, Correlação de ruídos sísmicos e razão espectral H/V são cada vez mais estudadas e utilizadas para o conhecimento geológico da crosta. Sendo possível determinar a composição crustal média e os principais contatos obtidos por fortes contrastes de impedância tais como limite crosta superior e inferior, assim como, limite crosta inferior e manto superior (descontinuidade de Moho). O conhecimento da velocidade de percurso das ondas de um sismo registrados através de uma estação sismográfica fornecem informações, como: o tempo de percurso, relação Vp/Vs e outros. A região de Pontes e Lacerda/MT está localizada no Sudoeste do Cráton Amazônico e o levantamento dos dados se deram em fases distintas com implantação de sismômetros alinhados em direção perpendicular (NE-SW) às principais estruturas da Faixa Móvel Aguapeí (NNW-SSE). Além da coleta de dados dessas estações temporárias foram compilados dados de sismos para a estação fixa PTLB, esta estação faz parte das estações sismológicas coordenadas pela UNB (Universidade Nacional de Brasília) e pela USP (Universidade de São Paulo). A espessura média encontrada na crosta para a região variou pouco para as diferentes técnicas abordadas, sendo que, para a técnica de Função do Receptor (estação fixa PTLB) foi obtido valor de aproximadamente 44 Km de espessura e, para as estações temporárias (S01 ao S10) valor médio de 42 km. Já a seção sísmica gerada pela correlação dos sinais para todas as estações temporárias de período curto, trouxe coerência dos sinais em 4s, 5s e, posterior coerência variando de 9,5 a 11 segundos. Essa primeira interface em 4s pode indicar a zona de cisalhamento Aguapeí em profundidade de 11Km, a de 5s pode ser interpretada como sendo a região SIAL da crosta a 14 Km. A que varia de 9,5 (S01) a 11s (S10) corresponde a uma média de 28Km que pode associar com a descontinuidade de Conrad. Para o modelo de velocidade gerado pela análise da dispersão das ondas superficiais correlacionado aos dados obtidos através da correlação de ruídos e a função do receptor foi possível interpretar quatro interfaces. A técnica da razão espectral H/V que é um método que apresenta menor resolução a grandes profundidades da crosta sendo, portanto, aplicado a profundidades menores, apresentou como resultado valores bastante diferentes para cada estação, sendo que, para a estação mais a SW da área foi obtido valor de 3,6 metros e a estação que apresentou maior espessura, localizada no extremo NE da área foi de 3500 metros, evidenciando fortemente morfologias bastante distintas ao longo do perfil o que está correlacionado a presença de metassedimentos pertencentes à Faixa Móvel Aguapeí.