Pesquisa do Mycobacterium sp. em uma população soropositiva para o HIV-1 do Noroeste Paulista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Pedro, Heloisa da Silveira Paro [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94865
Resumo: São José do Rio Preto (SJRP), localizada na região Noroeste do Estado de São Paulo, Sudeste do Brasil, é considerada Município prioritário pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose e da AIDS. O objetivo deste trabalho foi avaliar retrospectivamente pacientes infectados pelo HIV com pelo menos um isolamento de Mycobacterium sp., atendidos em unidades de saúde de referência de SJRP e região, bem como descrever seus aspectos clínicos e sócio–demográficos. Foram avaliados no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2006, 198 indivíduos soropositivos para o HIV com culturas positivas no Instituto Adolfo Lutz de SJRP. Houve uma correlação positiva entre a tuberculose e o registro de detenção (p=0.021). O uso do tabaco reduziu o tempo de vida entre o diagnóstico e o óbito (p=0.05). Houve associação entre o isolamento de M. tuberculosis (MT) e os níveis de linfócitos TCD4+ bem como o achado difuso para RX de tórax (p=0.014 e 0.000, respectivamente). Aproximadamente 11% de todas as cepas de MT mostraram resistência a pelo menos uma droga, enquanto 3.1% foram multiresistentes. Micobactérias não tuberculosas (MNT) totalizaram 35.19% de todos os isolamentos e a maioria das espécies pertence ao complexo Mycobacterium avium (MAC; 22.3%), seguido por M. fortuitum (5.2%) e M.gordonae (3.1%). Conclui-se que a população HIV estudada tem alta prevalência de colonização por MNT. Em um país com extensão continental como o Brasil, o conhecimento das diferenças regionais na distribuição de MNT em populações infectadas pelo HIV pode contribuir para o controle e tratamento dessas infecções oportunistas.