Perfil antropométrico, conhecimento nutricional e qualidade de vida em mulheres de 40 a 59 anos pós tratamento para o câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ferreira, Natalia Fernanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204070
Resumo: O câncer de mama (CA) é a neoplasia maligna mais incidente entre as mulheres no mundo. Evidências atuais destacam que a reincidência para o câncer pode ser evitada, no qual requer grandes mudanças consistentes no estilo de vida, que reflete diretamente na composição corporal. Para a aquisição de hábitos alimentares mais saudáveis, que possibilitem diminuir índices de obesidade, é importante ter conhecimentos sobre alimentação e nutrição. Dessa forma, o consumo alimentar inadequado pode ser reflexo da falta de conhecimento nutricional que pode estar relacionado com o quadro de obesidade, consequentemente, refletindo na qualidade de vida entre as sobreviventes. O objetivo desse estudo foi avaliar indicadores nutricionais, conhecimento nutricional e qualidade de vida de mulheres sem e com CA pós tratamento oncológico. Foram avaliadas as variáveis por meio de questionários e a composição corporal foi avaliada pelo exame de imagem pelo método de duplo feixe de raio-X (DEXA). Com relação aos dados antropométricos, grupo GS (Grupo acometido por CA) apresentou maior percentual de massa gorda (37,52±4,59%) e consequente menor percentual de massa magra (59,11±4,28%), quando comparado ao grupo GC (Grupo não acometido por CA) (p=0,00). Também apresentou maior score de sintomas de dores (21,61±6,89, p=0,02) e apresentou pior qualidade de vida segundo a escala subjetiva global de qualidade de vida (10,89±2,29, p=0,00). GS também apresentou menor consumo de salada crua (0,50±0,51, p=0,01) e correlação negativa entre DMO (Densidade Mineral Óssea) e consumo de embutidos (r=-0,503, p=0,01) e correlação positiva entre DMO e escala funcional (r=0,623, p=0,00). O grupo GC, apresentou uma correlação moderada positiva entre consumo de leite e derivados com o percentual de massa muscular magra (r=0,506, p=0,01) e o conhecimento nutricional e qualidade da dieta (r=0,708 p=0,00). E correlação moderada negativa entre consumo de batata frita e escala funcional (r=-505 p=0,01) e consumo de biscoito salgado/salgado de pacote com a escala funcional (r=-0,581 p=0,00). Conclui-se que existe uma correlação entre a qualidade alimentar, valores antropométricos e qualidade de vida em ambos os grupos. Porém, o atual estudo sugere que novos estudos sejam realizados, levando em consideração a avaliação quantitativa da dieta, interação medicamentosa, e alterações dos dados antropométricos durante e após o tratamento para o CA.