Impacto de variáveis médicas e da organização laboratorial na qualidade do rastreamento do câncer do colo uterino no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Salomé, Luciana Gusmão de Andrade Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183505
Resumo: O câncer do colo uterino mantém altas taxas de incidência e mortalidade no Brasil, apesar do Programa Viva Mulher ter ampliado muito o acesso ao teste de Papanicolaou. O rastreamento desta neoplasia através do exame citológico foi responsável por redução significativa da sua ocorrência em países desenvolvidos, que monitoram a qualidade deste método em todos os passos que envolvem sua realização. Entretanto, essa realidade não é observada regularmente nos países em desenvolvimento. Partindo desta constatação, esse trabalho tem como foco as análises da visão do patologista brasileiro sobre o exame citológico e de critérios médicos necessários para melhorar a qualidade do rastreamento. Para tanto, foi realizado estudo descritivo observacional constituído por uma análise qualitativa reunindo entrevistas com patologistas, e pela aplicação de um questionário aos patologistas brasileiros, com perguntas sobre a estrutura de serviços que realizam exames citológicos no país. Os resultados evidenciaram claramente a preocupação deste profissional com seu afastamento do programa de rastreamento e com a necessidade de um controle de qualidade mais criterioso. Também foi observada uma crítica relação entre as falhas do rastreamento citológico, a atuação do patologista e a estrutura dos serviços responsáveis por este exame. Assim, o estudo identificou a imperativa necessidade de educação continuada dos profissionais responsáveis pelo exame citológico do colo uterino, além da implementação de um controle de qualidade externo amplo e criterioso.