Quantificação de enterobactérias e Clostridium spp. e detecção molecular de Clostridium perfringens, Escherichia coli e Salmonella spp. em pontos de cadeia produtiva da carne de frango

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Casagrande, Mariana Froner [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/135907
Resumo: A produção de aves no Brasil tem aumentado consideravelmente, impulsionada principalmente pelo consumo da carne de frango, o que gera uma preocupação com a transmissão de patógenos ao ser humano. Porém, a higienização e cuidados adequados durante toda cadeia produtiva pode-se evitar contaminações dos alimentos. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a presença de bactérias patogênicas em granjas, esteiras condutoras de cortes de frango em frigoríficos antes e após a higiene pré-operacional e operacional, e em cortes de frangos congelados adquiridos em supermercados, além de comparar geneticamente os isolados obtidos nos diferentes pontos da cadeia produtiva por sequências repetitivas utilizando a técnica Rep-PCR. Os mesmos isolados também foram submetidos ao teste de sensibilidade a antimicrobianos. Para tanto, foram realizadas contagem de Enterobactérias e de Clostridium spp., identificação por PCR de Salmonella spp., Clostridium perfringens e Escherichia coli diarreiogênicas (E. coli enteropatogênica - EPEC, E. coli shigatoxigênica - STEC, E. coli enteroagregativa - EAEC, E. coli enterotoxigênica - ETEC), e isolamento bacteriano. Para quantificação de Enterobactérias e de Clostridium spp., foram colhidos 311 suabes de esteiras de frigoríficos, dos quais procedeu-se, também, o cultivo bacteriano para posterior identificação das amostras por PCR espécie-específico. Em granjas comerciais, foram colhidas 164 amostras de suabes com conteúdo cloacal de frangos saudáveis e 20 amostras de cortes de frangos congelados em supermercados. Nas granjas, foram identificadas 107 amostras contendo EPEC, já nas esteiras condutoras de cortes nos frigoríficos, foram verificadas 23 amostras positivas para E. coli EPEC e uma para C. perfringens. Em cortes de frangos congelados de supermercados, foram encontradas quatro amostras contendo EPEC, duas contendo STEC e quatro positivas para C. perfringens. Em nenhuma amostra foi verificada a presença de Salmonella spp. A análise do perfil genético de 27 isolados de EPEC por Rep-PCR mostrou que houve relação genética entre isolados obtidos da mesma procedência e entre aqueles obtidos nos diferentes pontos da cadeia produtiva, indicando a ocorrência de contaminação cruzada. Todos os isolados apresentaram resistência a pelo menos um antimicrobiano. Assim, de acordo com os resultados obtidos, concluiu-se que a contaminação bacteriana está presente em diversos pontos da cadeia produtiva de frango de corte, desde a granja até o produto final. Certamente, isto mostra a importância de maiores cuidados com a higienização em todas as etapas da produção, o que possivelmente diminuirá a chance de transmissão desses patógenos para o ser humano