Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Chaves, Nayara Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/180869
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Resumo: |
Os eritrócitos humanos são células únicas, altamente abundantes e uma das mais especializadas no organismo humano. A principal função dessas células consiste no transporte de oxigênio (O2) dos pulmões aos tecidos e o transporte de gás carbônico (CO2) dos tecidos aos pulmões por meio da molécula de hemoglobina (Hb). Apesar de relativamente estável, essa proteína pode se auto oxidar em metahemoglobina (MetHb) e gerar o radical superóxido (O2•-), o qual é um importante gatilho do processo oxidativo. Além de fontes endógenas, os eritrócitos são expostos a uma série de estressores ao longo da circulação. Apesar disso, a fim de prevenir ou atenuar o estresse oxidativo gerado, essas células são equipadas com um sistema antioxidante eficaz e autossustentável, intimamente relacionado com as vias da glicólise, das pentoses fosfato, da metahemoglobina redutase (MetHb redutase) e dos nucleotídeos, as quais contribuem para a manutenção do balanço redox e energético nos eritrócitos. Entretanto, algumas condições podem sobrecarregar esse mecanismo de defesa citado, como a anemia falciforme (AF). Sendo assim, o presente estudo objetivou avaliar biomarcadores do metabolismo redox, glicolítico, via das pentoses fosfato, via da metHb redutase e metabolismo de nucleotídeos, a fim de melhor compreender como as células falciformes lidam com a ruptura da homeostase metabólica, buscando marcadores de lesão oxidativa mais específicos para AF e novos e promissores antioxidantes para futuras investigações como terapia alternativa. Para isso, rigorosos critérios de exclusão foram adotados para obtenção dos grupos estudados, os quais foram compostos por 10 indivíduos sem hemoglobinopatias e 10 pacientes com AF. Imediatamente após a coleta, as amostras de sangue foram processadas para separação do plasma e preparação dos hemolisados específicos. Posteriormente, foram avaliados biomarcadores bioquímicos por métodos espectrofotométricos, cromatográficos e por imunomarcação. Diante disso, foi confirmado que os eritrócitos falciformes sobrecarregam o sistema de defesa antioxidante, levando a uma capacidade antioxidante deficiente que contribuiu significativamente para a hemólise. Dentre os antioxidantes avaliados, destaca-se a ergotioneína que apresentou redução de 2 vezes na AF, e correlações com os marcadores do metabolismo dos eritrócitos, configurando uma promissora alternativa terapêutica antioxidante para o tratamento da AF. Foi avaliado um marcador específico de oxidação de colesterol (ChAld) e, que também é um importante mediador de respostas inflamatórias, o qual apresentou níveis pelo menos duas vezes maiores nos pacientes. Finalmente, foi observado que as células falciformes parecem escapar ou de alguma forma alterar o mecanismo de deslocamento entre a glicólise e a via das pentoses fosfato bem descrita para eritrócitos saudáveis, mantendo ambas as vias reguladas positivamente. |