Avaliação eletrocardiográfica na ehrlichiose monocítica canina aguda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lima, Mayra de Castro Ferreira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
VFC
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154398
Resumo: A ehrlichiose monocítica canina (EMC) é uma enfermidade causada pela bactéria Ehrlichia canis, mundialmente difundida, principalmente em regiões de clima quente devido à maciça presença de seu vetor, o carrapato Rhipicephalus sanguineus. A miocardite infeciosa em cães é comprovada por estudos histopatológicos na ehrlichiose monocítica canina em fase crônica. Estudos anteriores demonstraram arritmias associadas a miocardite em cães com EMC na fase crônica, porém os estudos relacionados às afecções cardíacas na EMC durante a fase agudas são escassos. O presente estudo teve como objetivo avaliar as alterações cardíacas elétricas e a variabilidade da frequência cardíaca no dominio do tempo e da frequência em cães com ehrlichiose monocítica aguda. Foram avaliados 22 animais divididos em dois grupos: grupo controle (GC) composto por 10 cães saudáveis e grupo doente (GD), composto por 12 cães infectados naturalmente por ehrlichiose, apresentando sinais clínicos e hematológicos da doença na fase aguda. Foi realizado eletrocardiograma convencional, eletrocardiograma ambulatorial Holter, aferição da pressão arterial sistêmica, hemograma e análises bioquimicas (uréia, creatinina, ALT, FA e GGT). Os resultados encontrados no GD demonstraram predomínio da atividade do sistema nervoso autônomo simpático sobre o parassimpático com aumento da frequência cardíaca média e diminuição dos índices de variabilidade da frequência cardíaca no domínio do tempo e da frequência. Quanto ao ritmo cardíaco, 58,33% dos animais apresentaram taquicardia sinusal predominante. Não foram observadas arritmias de repercussão hemodinâmica significativa durante a monitoração dos animais em ambos os grupos. A pressão arterial sistêmica média diferiu entre os grupos estudados. As concentrações séricas de ureia, creatinina, FA, ALT, GGT estavam dentro dos valores de referência para a espécie. Não foram encontrados dados que comprovem que na fase aguda houve tempo de evolução suficiente da doença para causar danos que tenham como consequências arritmias, assim como ocorre na fase crônica, apesar disso, houve diminuição dos índices de variabilidade da frequência cardíaca nos animais doentes.