Diálogos entre rap e repente: heterogeneidade discursiva e representação da subjetividade na canção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Alves, Camila Cristina de Oliveira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93995
Resumo: Considerando o ideal estético que a canção representa, nosso trabalho demonstra, por meio de análise de enunciados, os valores transmitidos pelos sujeitos que se expressam nesses discursos. Observando a pluralidade que compõe a cultura popular brasileira, investigamos os elementos enunciativos constituintes de dois tipos específicos de gêneros discursivos ligados a expressões artísticas veiculadas em contextos particulares, mas propondo um diálogo a partir de suas relações discursivas e sociais dentro de uma dada situação de produção. Focando nos elementos discursivos, entre as linguagens verbais e melódicas dessas manifestações, problematizamos os fatores que se encontram no limiar linguístico e sua relação com o social. Nosso objetivo foi refletir sobre o discurso que constitui as canções de Rap e Repente, bem como o diálogo que há entre esses gêneros cancioneiros, considerando sua linguagem que, no Brasil, apresenta certa influência e representação social. Utilizamos as categorias analíticas do Círculo de Bakhtin, apropriando-nos dos conceitos que abordam a linguagem enquanto interação entre sujeitos num dado contexto. Partindo da hipótese do diálogo intergenérico, nosso corpus foi composto por alguns artistas, dos quais selecionamos canções rap e repente com a finalidade de investigar a pertinência de nossa hipótese: João Paraibano e Sebastião Dias; Kamau; Zé Brown; RAPadura; O Rappa; Thaíde; Caju e Castanha. Ao final da pesquisa, pudemos concluir que a hipótese de diálogo se confirma, levando em conta alguns fatores como o caráter de absorção dos gêneros cancioneiros que propiciou (re)criações. Além disso, acreditamos que a autovalorização de uma nova geração, ouvinte de rap, mas que tomou contato com a produção da cantoria nordestina, busca nessas formas de tradição oral sua identificação enquanto sujeito brasileiro, filho de várias raças e atravessado por múltiplos discursos