Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Rossi, Jéssica de Cássia [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/144337
|
Resumo: |
As experiências das mulheres brasileiras imigrantes têm merecido atenção da mídia portuguesa desde a chamada "segunda vaga" migratória, cujo marco temporal data de 1999. A feminilização dos fluxos migratórios confere centralidade às questões de gênero, as quais só podem ser entendidas em sua complexidade quando interseccionadas com outros marcadores sociais como nacionalidade, raça/etnia e classe. A fim de compreender como a mídia lusitana veio reportado este fenômeno, foram analisados nesta tese dois importantes periódicos locais, o lisboeta Público e Jornal de Notícias, do Porto. A partir da locução “mulher brasileira” e das palavras de busca “brasileira/s” chegou a um universo de 162 notícias, as quais foram organizadas em categorias classificatórias e analisadas em diálogo com os estudos feministas e pós-coloniais. Reiterações, cristalizações e tensionamentos relativos à experiência destas brasileiras imigrantes são problematizadas nesta pesquisa a partir de referencial foucaultiano. Considerando que os discursos são mais que atos de fala descritivos e sustentados por signos, procurou-se, justamente, sublinhar este “mais” no esforço de fazê-lo aparecer, procurou-se descrever seus sentidos. Os resultados mostram que os periódicos analisados tendem a reproduzir visões colonialista e sexistas relativas às experiências destas mulheres, ainda que, em um deles, voltado para o público lisboeta, de classe média, tenda a problematizar o preconceitos e estereótipos aos quais estas imigrantes estão sujeitas, a homogeneização das experiências, ali reportadas tende a reiterar percepções sexualizadas, erotizadas e/ou vitimarias das brasileiras. Invisibilizando-se vivências que não são facilmente alocadas nessas chaves de classificação. |